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Paralisação afeta ao menos 28% das escolas municipais

Adesão de quase 1/3 é reconhecida pela prefeitura, mas greve pode ser maior

Pesquisa da Folha em 200 unidades mostra que metade aderiu ao movimento, que teve início há 22 dias

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO ANA KREPP RICARDO BUNDUKY COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Levantamento em 200 escolas municipais de São Paulo indica que metade das unidades aderiu à greve dos professores, iniciada há 22 dias.

A amostra consultada pela Folha ontem e anteontem, por telefone, representa 15% do total de creches, pré-escolas e colégios da rede --52% afirmaram que havia alguma paralisação; 10% delas, que a unidade parou totalmente.

A própria prefeitura admite que há alguma paralisação em 28% das escolas.

Mas ela diz que a adesão em número de educadores é pequena. O principal sindicato da categoria fala em 55% das unidades em greve.

Os levantamentos apontam que a mobilização dos professores teve reflexos diretos que afetam a rede.

O realizado pela Folha inclui escolas de cada uma das 13 diretorias de ensino nas diversas regiões da cidade.

Hoje haverá assembleia dos professores no centro para definir se a greve continua. A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) diz que ela está enfraquecendo --para o sindicato, está aumentando.

Esse é o primeiro embate de Haddad com o funcionalismo municipal e uma das primeiras crises enfrentadas pelo governo desde janeiro.

Uma das principais reivindicações dos professores é um aumento salarial imediato de 17%, referente às perdas inflacionárias desde 2011 --além do que já havia sido acordado pela gestão anterior, de Gilberto Kassab (PSD).

O governo Haddad afirma que concedeu 10% neste mês e que dará mais 13% no ano que vem, cumprindo o que havia sido aprovado em 2010.

"Eles estão apenas cumprindo a lei", disse o presidente do Sinpeem (maior sindicato da categoria), Claudio Fonseca. Além de não ser um reajuste novo, o sindicato reclama que os percentuais foram corroídos pela inflação.

"Prometer é fácil. Nós estamos cumprindo o prometido", afirmou o secretário de Educação, Cesar Callegari.

Ele classificou a greve dos educadores como "precipitada e injusta", pois começou antes do início das negociações com sua pasta.

A prefeitura afirma que tem conseguido mostrar aos professores nos últimos dias as melhorias que vão ter.

Segundo o município, na última sexta, 20 mil dos 68 mil professores faltaram (diariamente, a média é de 7,5 mil). Ontem, foram 10 mil.

Essa redução, na visão da gestão Haddad, indica que a greve está perto do fim.

Já Fonseca diz que a insatisfação aumentou depois que a prefeitura divulgou que descontaria os dias parados.


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