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Haddad diz que ônibus terá reajuste em 2014
Prefeito diz que data não foi definida; novo aumento será em ano eleitoral
Desoneração do PIS e do Cofins vai reduzir desembolso de verba da prefeitura com subsídio a empresas de ônibus
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que em 2014 haverá um novo reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo.
"Em 2014 vai ter [aumento], mas não temos data definida ainda", disse Haddad, ao ser questionado se haveria novo reajuste em janeiro.
Haddad e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram anteontem um reajuste conjunto das tarifas de ônibus, metrô e trens dos atuais R$ 3 para R$ 3,20, que entrará em vigor no dia 2 de junho.
O aumento ficou abaixo da inflação. No caso dos ônibus, muito abaixo, porque o reajuste anterior havia sido em janeiro de 2011.
A maior parte do impacto da inflação será coberta por um subsídio da própria prefeitura, que estima transferir neste ano R$ 1,25 bilhão para as viações, valor recorde, 30% maior que o gasto do ano passado, de R$ 961 milhões.
Outra parte será compensada com a redução a zero das alíquotas de PIS e Cofins das empresas de transporte público, que entra em vigor em 1º de junho por determinação da presidente Dilma Rousseff (PT).
Hoje, as empresas pagam 3,65% sobre suas receitas.
A desoneração do PIS e do Cofins vai representar, somente neste ano, cerca de R$ 130 milhões no custo do transporte público da cidade.
Em janeiro já havia entrado em vigor outra desoneração, da folha de pagamento das empresas, que representará mais R$ 185 milhões.
No total, as duas medidas do governo federal representaram uma "economia" por parte da prefeitura e das empresas de ônibus paulistanas de R$ 420 milhões por ano, segundo Adauto Farias, diretor de gestão econômica e financeira da SPTrans, a empresa que gerencia o transporte público da cidade.
Sem subsídio, a passagem custaria R$ 4,13, de acordo com Farias. A prefeitura ainda não definiu o valor do Bilhete Único Mensal, que deve vigorar em novembro.
