Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Dulce Ribeiro Pereira Lima (1932-2013)

Conheceu, enfim, a Paris dos sonhos

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Paris. Dulce Ribeiro Pereira Lima ouvia tanto falar da cidade que Paris não saía de sua cabeça. A Paris que sua mãe conhecera e sobre a qual contava histórias maravilhosas. A Paris cuja beleza tinha sido comprovada pelas filhas.

Durante toda a vida, Dulce quis conhecer a capital francesa, mas o marido, José Pereira Lima Netto, um tradicional fazendeiro de Mococa, no interior de SP, só costumava viajar para participar de exposições de gado e cavalo.

Filha de agricultores, Dulce morou a vida toda em fazenda, embora aos fins de semana fosse para a casa -construída no início do século passado- que possuía na cidade.

Casou-se com José, de quem era prima, e foi viver na Fazenda Contendas de Cima.

Lá, o marido foi cafeicultor e criou gado leiteiro e cavalo manga-larga. Segundo a família, José foi ainda pioneiro na criação de cavalo pantaneiro no Mato Grosso, onde também tinha propriedade.

Dulce adorava plantas. Gostava de cuidar de suas orquídeas e hortênsias na fazenda.

O casal chegou a ir para a Argentina, mas para ver uma exposição. José recomendava à mulher que visitasse Paris com as filhas, mas ela, que vivia para o marido, nunca quis.

Em janeiro, José morreu, devido a uma cirrose medicamentosa. Dulce foi para o Rio, rever os locais onde passara sua lua de mel. Há poucos dias, embarcou para Roma (onde viu uma missa com o papa) e para Paris. Encantou-se com o jardim do palácio de Versalhes.

Parecia criança em dia de festa, como conta a família.

Voltou no domingo (19). Na madrugada de segunda, aos 80, não resistiu a um infarto. Teve sete filhos e 12 netos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página