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Romildo Fernandes (1925-2013)

Um pioneiro das relações públicas

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Pouco tempo atrás, Romildo Fernandes, jornalista, publicitário e pioneiro das relações públicas no Brasil, bateu a máquina um texto intitulado "nota de falecimento".

Era a sua própria. Como não podia adivinhar quando o texto seria útil aos familiares, manteve o final em branco: "Aos __, deixa esposa".

Natural de Nova Europa, no interior de SP, Romildo passou a juventude em Santos, onde o pai foi gerente das lojas Renner. Mudou-se para a capital paulista porque queria estudar, mas acabou se especializando em publicidade e em relações públicas nos EUA e no Canadá nos anos 40.

Ao voltar, trabalhou um tempo no Banco Nacional até que, em 1951, criou a primeira empresa do país especializada em relações públicas: a Companhia Nacional de Relações Públicas e Propaganda.

Foi atuante na área. Presidiu a ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas) e ajudou a fundar a ANC (Assessoria Nacional de Comunicações) e a Aberp (Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas). Por sua dedicação, recebeu prêmios, como ele mesmo lembrou na nota.

Homem sério, segundo descrição da mulher, Rita --com quem estava casado desde 1948--, era apaixonado por música e cinema. Em casa, tinha uma sala só para ouvir música clássica com os amigos.

Aposentado há mais de 20 anos, escrevia um livro sobre cinema dos anos 30 e 40, com fichas técnicas e sinopses, mas não conseguiu terminá-lo.

Sua nota de falecimento foi preenchida com os 88 anos na terça (21). Tinha atrofia nos músculos e não resistiu a queda na escada de casa. Teve oito filhos, 11 netos e um bisneto.


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