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Suspeitos de morte em frente ao Sion são detidos
LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO ANA KREPP COLABORAÇÃO PARA A FOLHADois jovens foram detidos ontem sob suspeita de participar do assassinato de um funcionário do colégio Sion, em Higienópolis (região central de São Paulo), anteontem.
Eduardo Paiva, 39, morreu em uma tentativa de assalto na frente da escola.
Os dois irmãos, de 16 e 21 anos, foram detidos e até a conclusão desta edição ainda eram ouvidos pela polícia.
O advogado Jonas Souza de Melo nega que eles tenham qualquer envolvimento com o crime e afirma que os jovens estavam na cidade de Ribeirão Claro (PR). Ele mostrou à polícia comprovantes de gastos pagos com o cartão de um dos suspeitos naquela cidade.
A polícia ainda não havia falado sobre as prisões.
Ontem, alguns pais de alunos não deixaram que os filhos fossem a pé para a escola. "Os meninos me pediram para levá-los porque ficaram com medo", diz a consultora de vendas Claudia Araújo, 48.
O mesmo procedimento será adotado por Sônia Araújo, 70, avó das gêmeas Raquel e Rebeca Barbosa Araújo, 12.
Em alguns dias da semana, as meninas voltavam para casa de táxi. Agora isso não vai mais acontecer. "Isso [assaltos] dá uma sensação de insegurança", diz Sônia.
Enquanto aguardavam a avó estacionar o carro, as gêmeas ajeitaram flores em uma árvore na calçada onde o funcionário do Sion foi morto.
O colégio diz que hoje fará uma reunião para discutir medidas de segurança.
OUTRO CASO
Menos de sete horas após o crime na frente do Sion, uma tentativa de roubo acabou em tiroteio na esquina do colégio Dante Alighieri, nos Jardins.
O episódio ocorreu às 18h de anteontem --horário de saída dos alunos.
Testemunhas ouvidas pela Folha contaram que uma dupla tentou roubar um carro na alameda Jaú, mas os ocupantes do veículo eram seguranças particulares.
Os ladrões correram em direção ao colégio e desceram a rua Peixoto Gomide.
Os seguranças deram três tiros para o alto e a dupla fugiu. Ninguém ficou ferido.
Ontem, pais que buscavam seus filhos disseram que vão tomar ações mais rígidas para garantir a segurança.
"Agora vou conversar com minha mulher e vir buscar nossos filhos somente com carro blindado", disse Pérsio de Luca, pais de dois alunos do Dante Alighieri.