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Filho de Eike é condenado a pagar R$ 1 mi por matar ciclista no Rio
Thor Batista também terá de prestar serviços comunitários por dois anos devido a atropelamento
Defesa diz que recorrerá da decisão judicial; valor será convertido em alimentos e em remédios para entidade
Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi condenado a pagar R$ 1 milhão de multa e a prestar serviços comunitários durante dois anos por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos em 2012.
Ele também teve suspenso por dois anos o direito de dirigir. Os advogados de Thor disseram que vão recorrer da sentença da juíza Daniela de Souza, de Duque de Caxias.
Na sentença, a juíza afirma que o excesso de velocidade foi "a imprudência determinante" para a morte do ciclista e cita sete infrações de trânsito por excesso de velocidade cometidas anteriormente por Thor.
"Talvez, se tivesse sido apenado administrativamente à época das infrações, pudesse ter o discernimento para conduzir seu veículo dentro da velocidade permitida para o trecho em que ocorreu o acidente", afirma a juíza.
SERVIÇO COMUNITÁRIO
Thor terá que cumprir uma hora diária de prestação de serviços comunitários em entidade a ser indicada pela Justiça do Rio, "preferencialmente desenvolvendo atividade voltada para o auxílio na recuperação de vitimados de trânsito", diz a decisão.
A multa de R$ 1 milhão deverá ser convertida em alimentos, remédios ou equipamentos para uma entidade "preferencialmente de reabilitação de pessoas acidentadas no trânsito".
A juíza diz ainda ser "estapafúrdia" a alegação de Thor de que sua empresa está passando por dificuldades financeiras (ele é diretor no grupo EBX) e lembra que foi feito acordo com a família da vítima para o pagamento de indenização de R$ 1 milhão.
O atropelamento do ciclista aconteceu na noite de 17 de março de 2012. Wanderson Pereira dos Santos passava de bicicleta pela pista sentido Rio da rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, quando foi atingido pela Mercedes-Benz SLR McLaren dirigida por Thor.
O limite de velocidade do local era de 110 km/h. Laudo da Polícia Civil do Rio disse que ele estava possivelmente entre 100 km/h e 115 km/h.
Laudo de necropsia informa que a vítima teria bebido antes de ser atropelada.