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Protesto contra aumento de ônibus tem confronto e vandalismo em SP
Manifestação liderada por estudantes reuniu ao menos 2.000 pessoas e fechou a avenida Paulista
A PM utilizou balas de borracha e gás para tentar conter depredação; houve 15 detidos e 3 feridos
Em protesto contra a elevação da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, interditaram vias e provocaram cenas de vandalismo ontem à noite na região central.
O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam.
No centro e na Paulista, quebraram placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo, provocaram danos a um shopping e ao Masp.
Os manifestantes são ligados ao Movimento Passe Livre, liderado por estudantes e alas radicais de partidos.
Eles marcaram novo protesto para hoje às 17h no largo da Batata, em Pinheiros.
O reajuste da tarifa de ônibus, metrô e trens, de R$ 3 para R$ 3,20, vale desde domingo e ficou bem abaixo da inflação. A alta dos ônibus foi de 6,7%, contra 15,5% do IPCA. O aumento foi decidido pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O ato, diz a PM, reuniu cerca de 2.000 pessoas --organizadores falavam em 6.000.
Eles saíram em passeata às 18h do centro até a Paulista.
Houve ao menos 15 detidos, incluindo Altino de Melo Prazeres, presidente do sindicato dos metroviários. Segundo a polícia, dois PMs e um manifestante se feriram.
A PM utilizou bombas de gás e balas de borracha.
O Metrô disse lamentar os "fatos violentos" e que estuda responsabilizar autores. A assessoria de Haddad afirmou que "a prefeitura entende a manifestação", mas que lamenta que ela "tenha tomado proporções violentas".
Organizadores argumentaram que não era possível controlar toda a multidão.