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Orlando Marcondes Machado (1933-2013)

Um professor de contabilidade

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Quem organizava os jogos de tômbola em casa era Orlando Marcondes Machado. De uma família de sete irmãos, distribuía milhos e feijões aos jogadores do bingo com o pedido de não desperdiçarem: os grãos e sementes serviriam no dia seguinte de alimento.

Filho de um contador, o paulistano já quis ser dentista, como conta Maria Eugênia, a única irmã ainda viva. Acabou seguindo a carreira do pai.

Ela lembra que Landão, como o chamavam em casa, era estudioso e costumava ler com o rádio sintonizado baixinho nos programas de música clássica, a paixão que manteve ao longo da vida --ao contrário das bicicletas, pelas quais era vidrado por volta dos 13 anos.

Pedalava da Pompeia, na zona oeste, a Pirituba, na norte, para visitar a avó e até trabalhou numa oficina pertencente a um irmão. Mas depois começou a ter carros e nunca mais quis saber das bikes.

Formado no começo dos anos 60 em ciências contábeis, na Álvares Penteado, tornou-se professor. Lecionou num colégio estadual, na própria faculdade em que estudou e na Universidade São Judas, onde ficou por 27 anos. Chegou a ser chefe do departamento de contabilidade.

O sobrinho Octávio, que foi seu aluno, conta que o tio era sério (por ser neto de alemães) e fascinado pela atividade de professor. Além das aulas, Orlando também fez a contabilidade de empresas, no escritório que mantinha em casa.

Era casado com Adelinda, a Tatinha, desde meados dos anos 50. Conheceu-a num baile de Carnaval na Pompeia.

Há cerca de três anos, descobriu um câncer de pulmão. Morreu anteontem, aos 79. Teve três filhos e três netos.


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