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Médico estrangeiro poderá atuar na periferia de grandes cidades

Ministro da Saúde afirma que municípios da Grande São Paulo ainda têm vagas disponíveis

Foco do governo é atrair profissionais da Espanha e Portugal, mas cubanos também devem ser aceitos

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

Médicos com diploma obtido no exterior convocados pelo governo brasileiro para atuar na atenção básica poderão ficar baseados em grandes centros, como a cidade de São Paulo.

Para isso, o profissional deverá atender regiões do município onde hoje há carência de médicos, como a periferia da cidade. Desde o início do debate, o Ministério da Saúde reforçou que o objetivo é atender essas regiões, além de municípios do interior.

"Lógico que a maior carência está no Norte e Nordeste, mas não são só os municípios do interior. A periferia das grandes cidades também tem carência de médicos", disse à Folha o ministro Alexandre Padilha (Saúde).

Ele lembrou que alguns municípios da região metropolitana de São Paulo não preencheram as vagas disponíveis no Provab, programa que dá pontos na prova de residência para o médico que atuar em cidades com carência de profissionais.

Entre elas estão, por exemplo, Biritiba-Mirim e Embu das Artes (ambas na Grande São Paulo).

O ministro defendeu ontem em audiência pública na Câmara dos Deputados a autorização especial para que médicos com diploma estrangeiro atuem por um determinado período no Brasil.

O foco, disse, são profissionais de Portugal e Espanha, mas Padilha também defendeu a qualidade de médicos de outros países, como Cuba.

"Não existe preconceito do Ministério da Saúde em relação ao profissional médico formado em Cuba", disse o ministro. Em encontro com o chanceler Antonio Patriota, o ministro de Relações Exteriores de Cuba afirmou haver disponibilidade da vinda de 6.000 médicos do país.

PORTUGAL

O Ministério da Saúde quer ainda acelerar o reconhecimento de diplomas de médicos de Portugal no Brasil.

O tema foi tratado em encontro entre o ministro Padilha e seu homólogo português, Paulo Macedo, na segunda-feira.

A intenção é assinar, ainda nesta semana, acordo entre as pastas para por em prática a medida. Hoje, já há um acordo que trata sobre o assunto, mas até agora não houve resultado expressivo.

A revalidação do documento seria mútua: brasileiros formados em medicina poderiam ter o mesmo benefício no país europeu. Uma vez no Brasil, no entanto, esses médicos não ficam obrigados a atuar numa determinada região ou na área básica de saúde.


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