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País em protesto

14 presos por saques e depredação em SP têm passagem pela polícia

Investigadores suspeitam que ladrões que agem no centro aproveitaram os tumultos para roubar

Televisores eram o produto preferido pelos bandidos; a polícia registrou o furto de 32 aparelhos

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

A polícia afirma ter prendido os primeiros acusados dos saques que ocorreram depois das manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público anteontem à noite em São Paulo.

Dos 69 detidos (oito deles menores), 14 tinham antecedentes criminais, segundo levantamento obtido pela Folha.

Os crimes mais comuns entre os que têm antecedentes são furto e roubo. Mas há detidos que já foram condenados por tráfico de drogas, extorsão e motim em presídio.

Os detidos foram indiciados por furto, roubo qualificado (por ser resultado de saque, o que aumenta a pena) e dano qualificado ao patrimônio.

Há uma divisão entre os presos no centro e na Paulista: os do centro foram indiciados por furto, roubo qualificado e dano qualificado ao patrimônio, os da Paulista são acusados de incitação ao crime, desacato e resistência. Três PMs ficaram feridos na avenida.

A onda de saques na região central foi coisa de "ladrãozinho de rua", disse um delegado que não quis se identificar.

A principal suspeita da polícia é de que ladrões que agem na região central aproveitaram os tumultos para saquear o comércio. Foram atacadas as lojas Marisa, Dibs, Cacau Show, uma revenda de celulares da Claro e uma agência do Itaú. Uma van da TV Record, uma base da PM e uma moto firam incendiadas.

A polícia registrou o furto de 32 TVs, mas havia de tudo entre os produtos furtados: de aparelho para fazer chapinha no cabelo, fogão e cuecas a computadores portáteis.

Três homens foram presos com 12 televisores. Havia ainda com o trio uma moto elétrica, uma bicicleta, um jogo de panelas, duas cafeteiras, uma fritadeira, duas panelas elétricas, dois fornos elétricos, dois fornos micro-ondas e uma gaveta de caixa registradora.

Só num prédio ocupado por integrantes de movimentos populares de moradia havia oito aparelhos de TV. A polícia não sabe se os furtos foram feitos pelos moradores ou por pessoas que teriam usado o imóvel para guardar os bens.

Já em Porto Alegre e em Belo Horizonte as polícias não divulgaram quantos dos presos têm passagem pela polícia (só na capital gaúcha foram 45 detidos), apesar de parte deles ter antecedentes.


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