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Foco

Acampamento na esquina de Cabral tem de sem-teto a ex-dançarina de Huck

Grupo que está acampado perto da casa do governador do Rio desde sexta-feira fará lista de reivindicações para deixar o local

FABIO BRISOLLA DO RIO

O grupo de acampados é pequeno, mas desde sexta (21) vem fazendo barulho perto da casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon.

Por lá é possível encontrar estudante de história, aluno de direito, militante da Frente Internacional dos Sem-Teto ou atriz e ex-dançarina do programa de Luciano Huck.

Tudo começou casualmente, segundo os manifestantes. Após a passeata, alguns decidiram ficar por lá. Instalaram três barracas e, cinco dias depois, 20 deles continuam acampados.

"Não temos liderança. As decisões são tomadas em conjunto", diz Bruno "Ruivo" Cintra, 29, formado em direito e estudante de história.

O grupo concorda, por exemplo, sobre a necessidade de investigar os contratos da construtora Delta, assim como os gastos na obra do estádio do Maracanã.

Eles adotam a "dinâmica do aquário" nas assembleias improvisadas na esquina.

"Sentamos em círculo e, nesse aquário, cada peixinho pode falar por três minutos", explica Bruno, tendo a voz abafada pelas buzinas de carros que sinalizam apoio.

Alguns acampados, no entanto, sentiram-se ameaçados e deixaram o movimento, batizado no Facebook como "Ocupe Delfim Moreira".

"Dormi aqui de domingo para segunda porque percebi que houve pressão para desagregar o grupo", explica a atriz Tatyana Meyer, ex-dançarina do Caldeirão do Huck.

REIVINDICAÇÕES

Na manhã de ontem, os acampados foram procurados por interlocutores do Estado dispostos a agendar uma audiência com o governador no Palácio Guanabara.

De acordo com os manifestantes, três representantes do governo foram ao encontro do grupo: Wilson Carlos, secretário de governo, Zaqueu Teixeira, secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, e o coronel Augusto Cesar Benac, um dos responsáveis pela segurança pessoal do governador. No aquário, porém, ficou decidido que o grupo só vai conversar com Cabral quando definir toda a pauta de reivindicações. E não há data certa para o fim do acampamento.


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