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Hélio Mori (1950-2013)

Um preciso analista especial do BC

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Quando o expediente começava, às 9h da manhã, Hélio Mori já estava no gabinete da representação do Brasil no Fundo Monetário Internacional, em Washington, havia pelo menos uma hora e meia.

Era o primeiro a chegar e o último a sair. Havia até um diretor egípcio que dizia que ele era a arma secreta da cadeira brasileira no Fundo, como conta Murilo Portugal, presidente da Febraban, de quem Hélio foi assessor no FMI.

Paulistano, Hélio se formou em engenharia naval na USP, mas desde 1973 seguiu carreira no Banco Central. Foi chefe do departamento econômico, assessor sênior do departamento de estudos e pesquisas, consultor da diretoria e, ultimamente, analista especial.

Sérgio Werlang, ex-diretor do BC, conta que o amigo foi o principal responsável pelos cálculos que levaram à fórmula final das propostas de renegociação da dívida brasileira.

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central que deu aulas para Hélio na pós-graduação da FGV, lembra que, quando a equipe brasileira foi renegociar a dívida em Paris, Hélio não dormiu um segundo sequer. Preciso, tinha "domínio absoluto dos números".

É lembrado como educado e culto por Joaquim Levy, diretor-superintendente da Bradesco Asset Management, para quem o amigo levava os problemas de saúde de forma leve, sem se descuidar do trabalho.

Costumava acordar todos os dias às 5h da manhã, para correr 10 km. Quando ficou dois dias sem ir ao trabalho, os amigos descobriram que estava com problemas renais. Passou ainda por um transplante.

Morreu na quarta (10), aos 63, de uma infecção pulmonar. Solteiro, deixa amigos. Muitos.


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