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Análise

Dilma tenta vacina contra males da saúde, mas efeito pode ser contrário

SAMY CHARANEK EDITOR-ADJUNTO DE "COTIDIANO"

O inferno astral da presidente Dilma Rousseff com a classe médica acaba de ganhar mais um ingrediente.

A decisão do governo de pôr alunos de medicina brasileiros para fazer o Revalida será um tira-teima sobre a eficácia do teste, que garante aos médicos com diploma obtido no exterior o direito de trabalhar no país.

Por um lado, a ideia abre uma brecha para o que a categoria médica mais quer: comprovar que profissionais diplomados em outros países nem sempre têm preparo suficiente para atender pacientes no Brasil.

Mas, por outro, pode ter o efeito de um jogo de truco: e se os alunos testados tiverem desempenho igual ou pior ao dos colegas que estudaram no estrangeiro?

Seja qual for o resultado, a série de quedas de braço entre o governo Dilma e a classe médica já deixa marcas suficientes para cobranças futuras. De ambos os lados.

À polêmica aberta com a decisão de "importar" médicos para atuar nos confins do país se somam os vetos de Dilma ao Ato Médico, abrindo brecha para que outros profissionais (enfermeiros, por exemplo) façam diagnósticos e prescrevam tratamentos.

VACINA

O conjunto de propostas para o setor tem o objetivo de ser uma vacina contra males vindouros, principalmente em ano de reeleição --a saúde, como se sabe, está sempre entre as áreas mais mal avaliadas dos governos.

Mas pode ser também a panaceia que faltava no calendário das urnas. As cartas estão sobre a mesa.


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