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Foco

Monólogo sobre Drummond leva professor de cursinho aos palcos

Peça encenada em São Paulo traz a obra do poeta brasileiro contada por um 'docente-ator'

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

Na sala de aula, ele também é ator. No palco, é professor. Foi esse "mix" que levou Maurício Soares Filho, 44, ao monólogo "Resíduo Drummond", em cartaz em São Paulo. Formado em literatura e em artes cênicas pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o ator-professor carrega as profissões por onde anda.

"O teatro alimenta as aulas, que por sua vez alimentam o teatro", explica.

Todos os textos do monólogo que ele conduz no teatro da Livraria da Vila, no shopping Pátio Higienópolis, são de Carlos Drummond de Andrade, um dos principais poetas brasileiros, morto em 1987, aos 85 anos.

No palco, ele interpreta os principais poemas do autor. Tudo muito longe de um recital de poesia. É teatro.

"No meio do caminho", título do famoso poema de Drummond, que diz que "no meio do caminho havia uma pedra", por exemplo, ganha vida com alguém que está em uma corda bamba.

"É alguém que está no limite, que pula para lá e para cá na tentativa de escapar de obstáculos da vida."

Ele pula muito em toda a peça. "Calculo que perco umas 800 calorias." A técnica de expressão corporal agitada também está nas aulas. "Prende atenção dos alunos."

Professor do sistema Anglo há 24 anos, Soares Filho tem viajado pelo país para ensinar essas técnicas de teatro para professores.

"É preciso mudar o tom de voz e trabalhar o corpo no espaço da classe", conta.

Na escola ou no teatro, está acostumado a lidar com o público. Algumas turmas do Anglo chegam a 200 alunos. Ele já esteve em outras peças, até ao lado de atores famosos como Antonio Fagundes.

Alguns alunos da plateia da escola também estão nas cadeiras do teatro. "São os apaixonados por literatura", diz. Segundo Soares Filho, há vários deles entre seus mais de 2.000 estudantes atuais.

Porém, o teatro não é aula, alerta. "É mais uma forma de ter contato com a obra de Drummond." O livro "Sentimento do Mundo", do escritor, é leitura obrigatória no vestibular da Fuvest.


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