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João Padilha (1922-2013)

Eletrotécnico que virou fotógrafo

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Ao longo de 15 anos, entre 1969 e 1984, João Padilha, formação eletrotécnico, percorreu cidades brasileiras (e algumas estrangeiras) com sua câmera. O resultado das andanças era visto quando, às sextas, chegava às bancas o caderno de turismo desta Folha.

Filho de um carpinteiro e de uma dona de casa, ele foi fotógrafo do jornal --mas só após se aposentar em outra função.

Nascido em Araçoiaba da Serra (SP), perdeu o pai aos oito anos e depois se mudou com a família para Votorantim (SP), onde trabalhou como eletricista em fábricas de cimento. Aos 17 anos, veio para São Paulo.

Espirituoso, brincava que era tão enrolado que até fora registrado como tal. Seu primeiro registro em carteira era como "enrolador de motores".

Passou por uma indústria de motores, pela Johnson & Johnson e por uma empresa de elevadores até que, em 1946, entrou para a Folha, ainda sem saber manejar a câmera.

No jornal, chefiou o departamento de eletricidade, como conta João Padilha Filho, engenheiro formado também em artes gráficas. Ele lembra que o pai participou da implantação das rotativas tipográficas e do sistema offset nos anos 60. Sempre que tinha algum problema, era chamado em casa, mesmo de madrugada.

Aprendeu a clicar acompanhando os profissionais do jornal e, ao se aposentar, em 1967, foi convidado a ser fotógrafo. Era chamado de "repórter até debaixo d'água", lembra a filha Rosecler, por registrar pesca submarina. Fotografou ainda para o "Cidade de Santos".

Viúvo desde 1988, morreu no domingo (21), aos 91 anos, em decorrência de uma pneumonia. Teve três filhos, três netas e três bisnetos.


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