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Wladimir Boris Cardachevski (1935-2013)

Engenheiro mecânico ligado à arte

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Até os sete anos, o paulistano Wladimir Boris Cardachevski não falava português. Filho de um alfaiate polonês e de uma enfermeira romena, só se comunicava em casa em russo e polonês com os pais.

O português mesmo ele só iria aprender na escola primária. Depois, dominaria outras línguas como o inglês (formou-se em engenharia mecânica na Universidade de Delaware, nos EUA), o alemão, o espanhol e um pouco do francês.

Era muito culto, como conta a filha Ana Maria. Na infância, lera os 18 volumes do "Tesouro da Juventude", uma enciclopédia ilustrada. E nunca deixou de estudar e pesquisar.

Depois de formado, assumiu cargos executivos, ligados à importação, na Ford, Probel (de colchões), Firestone e Falk (de rolamentos). Aposentado, mudou-se com a mulher, Helena, com quem estava casado desde 1957, para Peruíbe.

Os dois se conheceram quando eram vizinhos na rua Cesário Mota, na região central de São Paulo. Da janela de casa, Wladimir conseguia ver a cozinha da casa de Helena.

Ligado à arte, fazia telas a óleo e desenhos em nanquim.

Também fotografava. Com suas Leica e Rolleiflex, registrou Ubatuba nos anos 40 e 50.

Tinha uma discoteca de música erudita e popular norte-americana, formada ao longo de 40 anos. A família calcula 3.000 itens, incluindo livros.

É descrito como bravo, mas também modesto, sensível e generoso. Adorava provérbios.

Sofrera um acidente vascular cerebral e pegara uma pneumonia. Morreu no domingo (7/7), aos 77, de insuficiência hepática. Teve quatro filhas e dois netos. A missa de 30º dia será em 8/8, às 19h, na capela N. Sra. de Sion, em São Paulo.


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