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Trocas serão denunciadas, afirmam conselhos
Entidades médicas criticam demissões
O presidente do Cremece (Conselho Regional de Medicina do Ceará), Ivan de Araújo, afirmou que irá denunciar à Promotoria de Defesa da Saúde Pública, do Ministério Público do Ceará, casos de substituição de médicos contratados por profissionais cedidos pelo Mais Médicos.
"É um desvirtuamento do programa. Temos ouvido rumores [sobre as demissões] e nossa fiscalização está investigando", afirmou Araújo.
O Simec (Sindicato dos Médicos do Ceará) afirma que colocará o departamento jurídico à disposição dos demitidos. "Vão tirar um médico com direitos trabalhistas e colocar outro sem essas condições. É uma palhaçada", afirmou o presidente do sindicato, José Maria Pontes.
No Amazonas, o presidente do CRM, Jefferson Jezini, afirma que recebeu ao menos duas reclamações de médicos substituídos. "Os municípios não podem ser oportunistas e predadores", disse.
O CRM-AM informou que publicará nota em jornais locais para orientar os médicos "que sofrerem esse tipo de constrangimento" a encaminharem denúncias.
O presidente do CRM-BA, José Abelardo de Meneses, diz que já havia denunciado a situação ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa. "Mas ninguém deu a mínima importância."
"Essa troca de médicos vai acabar desempregando brasileiros para trazer profissionais de outros países. A situação não vai melhorar."
Na segunda, o setor jurídico da entidade vai se reunir com o do sindicato dos médicos e o da associação estadual para definir medidas a tomar em conjunto.
A presidente do Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco), Helena Maria Carneiro Leão, classificou como "lamentáveis" as substituições.
Segundo ela, ainda não chegou nenhuma denúncia ao conselho. Ela afirmou que, se o gestor do município que fizer a substituição for médico, também responderá ao código de ética da categoria e poderá ser indiciado.
