Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cubanos atuarão em postos sem banheiro e com trincas

Do RS a PE, unidades de saúde têm estrutura precária e falta de equipamentos

Ministério da Saúde promete repasse de R$ 15 bi; prefeituras admitem problemas e dizem aguardar verba

DANIEL CARVALHO ENVIADO ESPECIAL AO INTERIOR DE PE NELSON BARROS NETO ENVIADO ESPECIAL AO INTERIOR DA BA FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE PAULO PEIXOTO ENVIADO ESPECIAL AO INTERIOR DA MG

Infiltrações, rachaduras, mofo, estruturas enferrujadas, equipamentos quebrados, salas improvisadas, banheiros interditados e remédios no chão fazem parte do cenário que os médicos cubanos encontrarão na semana que vem em unidades de saúde de diferentes municípios.

A situação foi flagrada pela Folha em postos de saúde de cidades da região metropolitana de Porto Alegre e do interior de Minas Gerais, da Bahia e de Pernambuco.

Segundo o Ministério da Saúde, todas as unidades onde atuarão profissionais do Mais Médicos irão receber recursos para requalificação até o fim de 2014. O governo promete R$ 15 bilhões.

Os locais visitados fazem parte do grupo de 206 municípios, de 18 Estados, que irá receber os primeiros cubanos do Mais Médicos. São localidades que foram rejeitadas por profissionais brasileiros e demais estrangeiros na primeira fase do programa.

Essas realidades revelam municípios na contramão das regras do Mais Médicos. Em julho, quando anunciou o programa, o Ministério da Saúde apontou como responsabilidade das prefeituras o fornecimento de "condições adequadas" para os médicos.

Um contraexemplo do que está no papel é Frei Miguelinho, no agreste de PE. Os dois banheiros não têm água há pelo menos um ano. O jeito foi improvisar: a água para descarga fica em baldes na sala da enfermeira.

"A estrutura não está conservada. A manutenção não vinha acontecendo há anos", diz Fátima Lopes, secretária de Saúde de Passira (PE), cidade que receberá três cubanos e cujos postos têm sinais de mofo e infiltrações.

Na Bahia, na unidade de um distrito de Araci, equipamentos estão quebrados e a sala de remédios tem caixas acumuladas no chão.

"Se chegar alguém com parada [cardiorrespiratória], a gente vai orar, e só", diz a médica Tamillys Figueiredo, 26.

Na unidade de Campo de Santana, distrito de Prudente de Morais (MG), o médico encontrará um posto com partes das paredes e do teto sem reboco e com trincas.

"É uma precariedade danada. A gente reconhece", disse o secretário local de Saúde, Deivisson Melo.

OUTRO LADO

As prefeituras admitem os problemas de estrutura e dizem que aguardam ajuda federal para resolvê-los.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página