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Para polícia, mãe matou 2 filhas após surto ou por estar endividada

Segundo delegado, corretora confessou para uma médica ter assassinado jovens de 13 e 14 anos

Mulher foi presa e continuava internada ontem em hospital; ela acumulava dívidas de mais de R$ 50 mil

DE SÃO PAULO

A polícia paulista investiga a hipótese de uma corretora imobiliária de 53 anos ter matado duas filhas na zona oeste em razão de um surto psicótico ou por estar com dívidas, sem condições financeiras para criar as jovens.

Mary Vieira Knorr, mãe das duas adolescentes, continuava ontem internada e presa no Hospital Universitário.

Segundo a polícia, ela admitiu para uma médica ter assassinado as filhas Giovanna, 14, e Paola Knorr Victorazzo, 13, mas não disse qual teria sido a sua motivação.

"A casa estava toda revirada, suja e o cachorro da família também estava morto. Aparentemente a mãe teve um surto antes de matar as filhas, mas ainda não podemos descartar a questão financeira também", afirmou o delegado Olívio Gomes Lyra.

As jovens foram encontradas mortas na casa da família, no Jardim Bonfiglioli.

Mary foi detida em flagrante. Ela acumulava dívidas de mais de R$ 50 mil e, conforme processos judiciais, teve um veículo apreendido por falta de pagamento.

A corretora também é investigada sob a suspeita de estelionato --quatro boletins de ocorrência contra ela de um ano para cá a acusavam de ter se apropriado de R$ 219 mil de clientes por falsas transações imobiliárias.

Ex-colegas de Mary que atuam em uma imobiliária disseram que em nenhum momento ela aparentava ter problemas psiquiátricos.

Segundo a polícia, as irmãs Giovanna e Paola foram mortas por asfixia. A dúvida é se elas foram impedidas de respirar porque foram estranguladas ou por inalarem gás.

"Havia marcas nos pescoços das duas, mas ainda não dá para afirmar que elas foram esganadas. Precisamos esperar os laudos", afirmou o delegado Olívio Lyra.

A polícia só ficou sabendo do duplo homicídio na tarde de sábado porque vizinhos acionaram a PM após sentirem forte cheiro de gás.

Quando chegaram ao local, os policiais encontraram a suspeita desmaiada no térreo e as duas meninas mortas no andar superior, perto do corpo de um cachorro. O botijão de gás estava com o registro totalmente aberto.

Segundo a polícia, pelo estado de decomposição dos corpos, é possível que as adolescentes tenham morrido entre quinta e sexta passada. Legistas elaboram um laudo para apontar o horário aproximado dos homicídios.

Ontem, a Folha não encontrou o defensor de Mary.


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