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José Thales Nunes Ferreira (1926-2013)

Bibliófilo e amante da língua portuguesa

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

José Thales Nunes Ferreira descobriu o gosto pelos livros e pela língua portuguesa ainda na infância, influenciado pelo pai, advogado e professor de latim.

Ao longo da vida, construiu uma biblioteca com cerca de 10 mil títulos, todos devidamente catalogados. Além de obras de direito, profissão que seguiu, volumes sobre política, arte, literatura e cinema ocupavam as prateleiras.

Nascido em São José do Rio Preto, no interior paulista, veio para São Paulo cursar faculdade no Largo São Francisco. Passou ainda um ano em Harvard (EUA), após ganhar uma bolsa de estudos do Rotary Internacional.

Apenas aos 30, após se estabelecer profissionalmente, voltou à terra natal para se casar com Maria Helena, com quem namorou por 15 anos.

Fez carreira como assessor técnico da Assembleia paulista. Dedicava-se tanto ao trabalho --e à revisão de discursos e textos importantes-- que foi homenageado em 1979 pelo colega Hélio da Costa Manso com uma poesia.

Sob o título de "Tal... És", diz em um dos trechos: "Um velho dicionário traz nas mãos,/ companheiro de noites mal dormidas/ no horror de achar dois "esses" na exceção,/ no arrebanhar de vírgulas perdidas."

Morreu no domingo (15), após um aneurisma, aos 86 anos. Não teve filhos. Deixa a viúva, com quem foi casado por 56 anos, e 15 sobrinhos.

A missa do sétimo dia será realizada no domingo, às 11h, na Externato Casa Pia São Vicente de Paulo, São Paulo.

A biblioteca de Thales deve ser doada, segundo a família, à Faculdade de Direito de São José do Rio Preto.


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