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Adélia Ribeiro (1922-2013)

Assistente social e 'supertia'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Adélia Ribeiro nunca se casou nem teve filhos, mas isso não a impediu de exercer o papel de mãe. Durante toda a vida, dedicou-se a cuidar dos seus 15 sobrinhos --e até de sobrinhos-netos.

Estava sempre pronta para ajudá-los. Certa vez, matriculou-se em uma aula de acordeão só para encorajar um deles a aprender o instrumento, como queriam os pais.

Em uma viagem à Europa, acompanhada de dois sobrinhos e outros amigos, levou-os a diversos lugares fora do roteiro, embora estivessem em excursão, para que melhor aproveitassem a viagem.

Pelo menos uma vez por semana, ensinava inglês para os "filhos", sempre exigindo bom aproveitamento, pois valorizava o estudo do idioma.

Adélia revelou-se uma ótima professora com apenas 12 anos. Em casa, alfabetizou a irmã caçula, então com cinco. As classes foram tão eficientes que a garota foi direto para a segunda série quando ingressou na escola.

Apesar do talento para ensinar, ela preferiu ajudar as pessoas de outro jeito: como assistente social. Formada pela PUC-SP, trabalhou a vida toda no hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo, e na LBA (Legião Brasileira de Assistência).

Gostava de passar os finais de semana no sítio de uma irmã, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, ou cuidando de suas plantinhas. Tinha paixão por jardinagem.

Corintiana fanática, assistia a todos os jogos do time que passassem na televisão.

Sofria de câncer de boca. Morreu na terça-feira (15), aos 91 anos. Deixa duas irmãs, 13 sobrinhos e mais de duas dezenas de sobrinhos-netos.


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