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Professores da rede estadual do Rio votam pelo fim da greve
Paralisação havia começado em 8 de agosto; docentes do município fazem assembleia hoje
Em uma tumultuada assembleia, os professores das escolas estaduais do Rio decidiram ontem encerrar a greve iniciada no dia 8 de agosto.
Na votação realizada em um clube da Tijuca, na zona norte da cidade, houve divisão entre os educadores escalados para discursar para os profissionais da categoria: dez deles queriam a continuidade, enquanto outros dez estiveram a favor do fim da greve.
Chegou a haver tumulto quando defensores da paralisação apresentaram uma faixa com a mensagem: "Direção pelega, com a base não tem arrego." Houve vaias e discussão entre os grevistas.
A crítica era direcionada à audiência de conciliação promovida na última terça-feira pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reuniu representantes do sindicato e dos governos estadual e municipal.
Na audiência, o poder executivo concordou em abonar as faltas de professores e ressarcir aquelas já descontadas desde o início de agosto.
Os professores da rede estadual devem retornar hoje ao trabalho. Outra assembleia às 13h de hoje vai definir o futuro da greve nas escolas municipais.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, no auge, a greve chegou a ter adesão de pouco mais de 1% dos 75 mil professores contratados. De 43 mil professores do município menos de 6% aderiram à greve, segundo a secretaria municipal.
O governo estadual informou que a reposição vai incluir aulas aos sábados e após o horário padrão. Caso necessário, as aulas adicionais podem ocorrer aos domingos.
