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Análise

Reajuste em SP reabre caixa de Pandora da carga tributária

GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA

O embate em torno do aumento do IPTU paulistano suscita uma inquietação que transcende as fronteiras locais: pode estar próximo o momento em que será inadiável uma nova rodada de aumento da carga tributária do país.

Não é mera coincidência que, poucos dias depois do início da iniciativa do prefeito Fernando Haddad, o deputado Rogério Carvalho (PT-SE) tenha apresentado (ou reapresentado) a proposta de recriação da CPMF.

Não se trata necessariamente de articulação maquiavélica do partido. É cada vez mais difícil esconder que a atual trajetória das contas públicas não será sustentável por muito mais tempo.

Além de as despesas estarem em alta contínua do governo federal, nos Estados e nos municípios, há lobbies influentes, apoiados por partidos de situação e oposição, pela ampliação dos gastos na saúde e no ensino público.

A última ofensiva explícita pela elevação dos impostos aconteceu há dez anos, no primeiro ano do mandato de Lula, quando foram elevadas as alíquotas da Cofins e criada a contribuição previdenciária dos servidores inativos.

De lá para cá, o governo amargou o fracasso na tentativa de prorrogar a CPMF.

Ainda assim, as receitas dos governos continuaram em alta graças à melhora da economia e da expansão dos empregos, o que permitiu confinar o debate sobre a carga tributária em uma espécie de caixa de Pandora --aquela que, na mitologia grega, continha os males do mundo e deveria ficar fechada.

Com Dilma Rousseff, a economia e a arrecadação passaram a crescer lentamente. Para sustentar a alta do gasto, a saída tem sido, por mais que autoridades neguem, elevar o endividamento.


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