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Táxis ilegais atuam há 10 anos no litoral norte de SP

RICARDO HIAR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CARAGUATATUBA

Sem repressão do poder público, uma rede de transporte clandestino funciona há mais de dez anos ao lado da rodoviária de Caraguatatuba (litoral norte de SP). O esquema age às claras e conta com cerca de 30 carros que fazem o trajeto de 90 km até São José dos Campos.

Motoristas abordam os passageiros a 50 metros do guichê da única empresa de ônibus intermunicipal que oferece o mesmo serviço.

Aceitar o serviço muitas vezes significa esperar até completar a lotação do veículo. "Só precisamos de mais um", diz um dos motoristas. O carro saiu após 30 minutos, com quatro passageiros, entre eles a reportagem da Folha, que viajou anônima.

Só quem segue no banco da frente é orientado a utilizar o cinto de segurança. O limite de velocidade da rodovia dos Tamoios, que cai para 60km/h em alguns trechos em razão de obras, raramente é respeitado pelo veículo.

"Nunca tomei multa aqui", diz um motorista à reportagem. A rapidez no trajeto é usada como trunfo na abordagem dos clientes: no clandestino, o passageiro pode gastar meio hora menos.

O preço é outra suposta vantagem citada. O ônibus de Caraguatatuba a São José dos Campos custa R$ 22,95, e as lotações cobram R$ 20.

O esquema funciona por ordem de chegada --os primeiros garantem o direito de oferecer o serviço ilegal. Novos interessados só entram com aprovação do grupo, e há casos de vendas de vagas.

A atividade é lucrativa. Como os carros gastam pouco, o custo do etanol para o trajeto fica em R$ 30. A corrida com quatro passageiros pode render R$ 160. A estatal EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de SP) diz que atua para coibir o transporte clandestino e que, desde agosto deste ano, apreendeu quatro veículos.

A empresa disse ainda que reforçará a fiscalização durante o verão, quando há maior movimento em direção às praias do litoral norte.


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