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No Rio, assaltos viram rotina no Arpoador

Ataques em grupo ocorrem à luz do dia e em pontos movimentados de área badalada entre Ipanema e Copacabana

Registro de câmeras de segurança mostra violência de bandidos; moradores pedem mais policiamento

FABIO BRISOLLA DO RIO

A câmera do edifício na rua Rainha Elizabeth, em Ipanema, registrou a aproximação dos seis jovens, todos de bermuda e sem camisa, às 16h34 do sábado, 21 de setembro.

As imagens mostram o grupo cercando e atacando um morador. Um deles agarra a vítima pelo pescoço. Outros dois avançam sobre os bolsos. Um quarto surge dando socos no rosto, enquanto os outros dois acompanham o roubo a uma certa distância.

A ação durou pouco mais de 15 segundos em um horário de movimento intenso de veículos e pedestres na rua, uma das ligações entre Ipanema e Copacabana.

"O primeiro a me abordar foi um garoto. Pensei que ele fosse pedir alguma coisa. No instante seguinte, um outro chegou me prendendo pelo pescoço. E depois apareceu mais um que me deu três socos no nariz", disse o empresário assaltado. Ele pediu para não ser identificado.

Ele teve seu iPhone roubado e registrou a ocorrência na delegacia do bairro. "Depois disso, soube de histórias idênticas ocorridas na mesma rua", contou.

O cantor e surfista Felipe Dylon foi cercado quando seguia de bicicleta pela Rainha Elizabeth rumo à orla, na tarde de 24 de setembro.

"Eram uns dez moleques. Um deles puxou minha mochila e me derrubou no chão. Fiquei caído e eles levaram a bike", disse Dylon.

Miguel Barbosa, 51, jornaleiro da região, já foi assaltado três vezes e teve sua banca arrombada em outras duas ocasiões, durante a noite.

"A última foi no mês passado. Cortaram oito cadeados. Levaram cigarros e cartões telefônicos. Tive um prejuízo de R$ 10 mil", afirmou.

De acordo com Maria Amélia Loureiro, presidente da associação de moradores Amipanema, a série de assaltos foi relatada ao comando do 23º Batalhão da PM.

"Tinha de haver prevenção. Em domingo de sol, com a praia lotada, os assaltos se multiplicam no Arpoador."

Procurado pela Folha, o comando da PM não informou quantos policiais estão destacados para a região.

Disse, porém, que há um ponto fixo da PM em frente ao parque Garota de Ipanema, além do policiamento na areia, "a pé e de quadriciclo".

O delegado Rodolfo Waldeck, titular da 14ª DP, no Leblon, disse à Folha que investiga as ocorrências.


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