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Escapei por uma vidraça, diz bombeiro ferido no Memorial

Após 3 dias, sensação é a de ter 'tragado cigarro com aroma de incêndio', afirma

DE SÃO PAULO

Três dias após se ferir no incêndio do Memorial da América Latina, Marcos Palumbo, um dos 24 bombeiros feridos no combate ao fogo, ainda precisava ontem fazer inalação duas vezes ao dia.

"Nunca fumei, mas a impressão que tenho é a de ter tragado um cigarro com aroma do incêndio", disse Palumbo, que, além aspirar fumaça tóxica, teve as mãos feridas e escapou do auditório pela área de uma vidraça.

"A única saída era pelas vidraças ao meu lado. Tirei meus equipamentos, como capacete e cilindro de gás, para passar pelo espaço onde havia uma vidraça", contou.

Essa foi a opção porque, na saída do local, ele e outros bombeiros se depararam com a passagem do corredor bloqueada por fumaça quente.

O capitão é responsável pelo setor de comunicação dos bombeiros, mas fazia parte da equipe operacional na ocorrência do Memorial.

Ele disse à Folha que as falhas nos sprinklers (chuveiros automáticos) e hidrantes prejudicaram a contenção do fogo na última sexta-feira.

Isso ocorreu após uma queda de energia --também investigada como causa do incêndio e que impossibilitou utilizar os equipamentos.

O capitão estava próximo de outros quatro bombeiros que continuavam internados na UTI do Hospital das Clínicas. Segundo Palumbo, eles foram feridos devido ao chamado flash over --quando a fumaça concentrada no teto desce rapidamente.

"A gente via a fumaça descendo do teto em tufos. Nós sabíamos dos riscos de entrar lá, mas havia vidas de brigadistas em risco e a gente tinha que fazer alguma coisa para salvá-los", disse.


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