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Planos de saúde 'top' têm queda em avaliação de agência federal
Proporção de empresas com melhor desempenho em índice da ANS caiu de 17,3% para 11,7% em 2013
Agência diz estar mais rigorosa; quantidade de operadoras com nota muito baixa também teve diminuição
O percentual de operadoras de planos de saúde que obtiveram nota mais alta na avaliação anual da ANS (agência reguladora do serviço) caiu de 2012 para 2013.
Das 878 operadoras do país, apenas 11,7% ficaram na faixa mais alta de pontuação, de 0,8 a 1, conforme índice divulgado ontem pela agência.
O resultado caiu 5,6 pontos percentuais em relação ao verificado no ano anterior -- quando 17,3% estavam na faixa mais elevada.
A ANS não faz um ranking dos planos mais bem avaliados no chamado Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS). O usuário pode, no entanto, pesquisar a nota de sua operadora no site da agência, na área "Espaço Qualidade".
Apenas três empresas de grande porte (aquelas que têm mais de 100 mil beneficiários, pelo padrão da ANS) figuram na lista das maiores notas: a operadora de planos de saúde da Petrobras, a Unimed BH (Belo Horizonte) e a Unimed Regional Maringá.
Para chegar ao IDDS, quatro indicadores são avaliados. O quesito "atenção à saúde" é responsável por 40% da nota final do índice e analisa itens como taxa de internação hospitalar e proporção de partos por cesariana.
Outros indicadores são as avaliações de satisfação dos usuários, a estrutura da operadora (por exemplo, a dispersão da rede hospitalar) e seu desempenho econômico --cada uma delas com peso de 20% da nota final.
Segundo a coordenadora de Qualidade e do Conhecimento da ANS, Andréa Lozer, a piora decorreu principalmente do fato de a agência estar mais rigorosa.
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Neste ano, por exemplo, a ANS levou em consideração no indicador "satisfação do cliente" uma pesquisa de qualidade realizada por 419 operadoras de planos de saúde de médio e grande porte.
As bases dessa pesquisa foram determinadas pela agência e incluíam ligar para clientes específicos para fazer um questionário sobre os serviços prestados.
De acordo com Lozer, desse total apenas 89 operadoras conseguiram entregar a pesquisa nas bases estabelecidas pela agência.
"Muitas empresas tiveram dificuldades. Este ano, a pesquisa de satisfação foi facultativa para as empresas, mas contou para a nota final", diz.
À despeito da queda do percentual de planos com o IDDS mais alto, aumentou o percentual de operadores na segunda faixa de notas mais altas --de 0,60 a 0,79.
Em 2012, essa fatia era de 44,7%, enquanto agora em 2013 ela foi de 51,8%.
Houve ainda redução no percentual de operadoras enquadradas na faixa das notas mais baixas --de zero a 0,19.
No ano passado eram 4,2% planos nessa situação. Neste ano, caiu para 3%.
Na divulgação dos dados, a ANS preferiu não dar destaque à comparação anual das notas. A agência ressaltou avanços obtidos entre os anos de 2009 e 2013.
Neste ano, 63,5% das operadoras de saúde encontram-se nas duas faixas de notas mais altas, enquanto anos atrás esse percentual não passava de 17,2%.
