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Índio escala árvore para evitar desocupação no Rio

Integrante da tribo guajajara subiu às 10h e lá permanecia até a noite, ontem

Houve confronto na ação da PM para tirar ocupantes de prédio na área d o Museu do Índio, perto do Maracanã

DO RIO

Um índio da tribo guajajara subiu em uma árvore e ficou a cinco metros do chão para escapar de uma ação policial realizada ontem para desocupar, mais uma vez, a área do antigo Museu do Índio, nos arredores do Maracanã, zona norte do Rio.

Urutal, o índio, escalou a árvore por volta das 10h. Até a conclusão desta edição continuava lá, somando aproximadamente 14 horas.

Durante o dia, bombeiros subiram em uma escada e tentaram convencê-lo a descer, sem sucesso. Urutal disse que, se tentassem retirá-lo à força, se jogaria da árvore.

A ação policial aconteceu quase nove meses depois de um grande confronto entre índios, manifestantes e PMs que terminou com a desocupação do prédio do museu.

No último domingo, aproximadamente 40 pessoas, entre índios e manifestantes, entraram em um prédio do Ministério da Agricultura que fica no terreno, sob a alegação de que sua demolição estava sendo preparada.

Pela manhã, 150 policiais militares ocuparam o local para retirar aqueles que entraram no prédio. Vinte e seis pessoas foram detidas, entre elas dois índios, sob acusação de resistir à ação policial. Depois de ouvidas e autuadas, foram liberadas.

INTERDIÇÃO

Os policiais chegaram por volta das 6h para retirar os manifestantes. A avenida Radial Oeste, que liga a zona norte ao centro, foi interditada para que fosse feita a desocupação do prédio.

A via só foi liberada quatro horas depois, causando grande engarrafamento naquela região da cidade.

Os manifestantes argumentam que a desocupação foi feita sem ordem judicial.

O governo estadual, no entanto, afirma que a decisão de março da Justiça, que permitiu a retirada dos índios, ainda vigora.

Os ocupantes afirmaram que houve violência policial e que muitos foram atingidos por sprays de pimenta. A PM não se pronunciou.

MARACANÃ

Pelo plano inicial, o prédio do antigo Museu do Índio e outros quatro imóveis próximos seriam derrubados para ampliar a área de circulação de torcedores no entorno do estádio do Maracanã.

No início do ano, porém, o governador Sérgio Cabral (PMDB) desistiu de demolir o antigo prédio do museu.

O imóvel, então, voltou a ser ocupado por índios. No final de semana, de acordo com a Polícia Militar, índios e simpatizantes da causa decidiram ocupar um dos quatro prédios vizinhos.

Em nota, o governo do Estado informou que os quatro prédios ao lado do Museu do Índio serão demolidos para a construção das estruturas temporárias do Maracanã para a Copa do Mundo.

Depois, a área será usada para a construção do Museu do Futebol que, de acordo com o governo estadual, estará pronto para a Olimpíada, em 2016.


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