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Rogério Ciste de Oliveira (1958-2013)

Copo Sujo, o bar do 'filósofo' Geio

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Na década de 1980, cerveja boa em Batatais (SP) era aquela servida no bar Copo Sujo. O nome era uma referência ao sal com limão que Rogério Ciste de Oliveira colocava na borda dos copos.

A mistura, de proporções específicas, fazia sucesso entre os moradores da cidade, que a toda hora pediam para o dono refazer o "tempero".

Com um quintal repleto de jabuticabeiras, o bar também recebia eventos culturais que reuniam artistas e intelectuais de todo o país, como o escritor Pedro Bandeira.

Apesar da fama do lugar, Rogério vendeu o negócio anos depois, sob protestos dos amigos, e abriu uma empresa de paisagismo e decoração.

Orgulhava-se de ter participado com milhões de jovens dos comícios na praça da Sé, em São Paulo, pelas Diretas Já. Era de esquerda, mas tolerante até nas discussões políticas mais calorosas.

Único filho homem, vivia "cercado de sete rosas", dizia, referindo-se às irmãs, Rosangela, Rosalba, Rosana, Rosaura, Rosália, Rosanita e Rosalice, falecida em 2011.

Geio tinha um jeito simples, gostava de usar camisetas largas com chinelo de dedo ou botas surradas. Cursava filosofia e, durante o tempo em que esteve internado, confessou a um cunhado que queria dar aulas para crianças, "porque só elas podem mudar a realidade do país".

Sofria de uma doença degenerativa rara. Morreu na sexta-feira (13), aos 55 anos. Teve quatro filhos: Bárbara, Vinicius, Bruna e Bianca. Deixa a viúva, Ana, com quem estava casado desde 1986.

A missa do sétimo dia será às 19h de hoje, na paróquia São Sebastião, em Batatais.


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