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Fila paulistana 'migra' para estrada e praia

Rio-Santos teve 42 km de congestionamento; trechos entre praias também ficaram parados

No litoral norte, turista tem de esperar por cadeira de praia e enfrenta fila em mercado e padaria

NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

Às vésperas do Ano-Novo, as filas que se espalham durante o ano na capital paulista encontraram um "lugar ao sol" no litoral. Já a cidade de São Paulo ficou vazia.

A espera começa ainda na rodovia e chega até as praias, lotadas. Pela manhã, a reportagem chegou a levar uma hora e 20 minutos para percorrer um trecho de menos de 20 km na Mogi-Bertioga, devido ao excesso de veículos.

"Já era para eu ter chegado lá", diz a paulistana Vera Lúcia Lima, 54, que ia em direção a Riviera com a família.

Em torno de 19 horas de ontem, a Rio-Santos registrava 42 km de congestionamento. Por volta de 22 horas, o tráfego estava mais tranquilo.

Em São Sebastião, no litoral norte, as filas continuavam. Quem buscava uma cadeira junto aos ambulantes teve de esperar --ou desistir.

A forte procura fez subir o preço: sem saber que falava com a reportagem, um vendedor ambulante chegou a oferecer um aluguel de duas cadeiras por R$ 50.

Dono de um carrinho de praia, Sidney da Silva, 31, trouxe 30 guarda-sóis a Maresias. Às 10h, todos já haviam sido distribuídos.

Em busca de um guarda-sol, a veterinária Rosylaine Daguano, 38, esperou por cerca de meia hora ao lado de um ambulante até conseguir que um deles fosse liberado, de outro cliente. "Aqui, nem se quisesse pagar não tem."

A fila também é vista no comércio. Selma Parizotto Bombo, 40, conta que deixou de ir ao supermercado para não ter que enfrentar a espera.

"Estava lotado", conta Selma, que veio de Piracicaba, no interior paulista, para passar as festas em Maresias.

Na padaria, mais espera. "Levei meia hora só para tomar um café", diz a assistente jurídica Fernanda Freitas, 32, que foi com as amigas para curtir o Ano-Novo no mar.

No meio de tantos desafios, nem mesmo a chuva forte espantou os turistas da areia.

Pelo contrário. "Ficaria aqui plantado. Cerveja gelada, céu bonito, sol e chuva para refrescar. Só tenho a agradecer", diverte-se o psicólogo Jonathan Ribeiro, 35,que está em Cambury, em São Sebastião, litoral norte.


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