Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Morre menina queimada em ataque no MA

Ana Clara Santos Sousa, 6, teve 95% do corpo queimado em atentado a ônibus na região metropolitana de São Luís

Governo do Estado afirma que ordens para ataques partiram de presídio, em reação a aumento da segurança

JULIANA COISSI MARLENE BERGAMO ENVIADAS ESPECIAIS A SÃO LUÍS

Ana Clara Santos Sousa, 6, queimada em um ataque a ônibus na sexta-feira em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís), morreu ontem de manhã.

A menina foi uma das cinco pessoas internadas em consequência de ataques incendiários a ônibus --a mãe dela e uma irmã de um ano continuam hospitalizadas.

O governo Roseana Sarney (PMDB) diz que os ataques foram reação de criminosos ao aumento da segurança no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

O presídio é o epicentro da crise de segurança no Estado --62 presos morreram desde o ano passado, sendo três decapitados na última rebelião, em dezembro.

Ontem, no velório de Ana Clara, parentes e vizinhos expressavam revolta. "A minha indignação é que o Estado não nos deu apoio antes, só agora", disse a tia da criança Jorgiana Carvalho, 25.

A menina, que gostava de se vestir de princesa e usar os batons da tia, teve 95% do corpo queimado.

A mãe dela, Juliane Santos, 22, permanecia internada ontem, com 40% do corpo queimado e situação estável. Não sabia da morte da filha --como ainda inspira cuidados, a família preferiu poupá-la.

A família também enfrentou outra perda. No domingo, ao saber do estado de saúde de Ana Clara, o bisavô paterno, de 81 anos, sofreu um infarto e morreu. "A Clarinha até fazia o prato de comida para ele", disse a avó da menina, Filomena Carvalho, 49.

Segundo parentes, Ana Clara, mesmo pequena, insistia em ajudar a mãe e a avó em tarefas domésticas. Tratava a irmã caçula como bebê.

O enterro será hoje em São José do Ribamar.

Além de Juliane e da filha de um ano, duas outras vítimas dos incêndios a ônibus continuavam internadas --um homem de 37 anos corria risco de morte.

Durante os ataques da semana passada, um policial reformado morreu baleado, mas o governo descartou ontem ligação com os atentados.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página