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Mesmo com protesto de policiais, DF tem fim de semana 'tranquilo'
PMs, que querem reajuste, não usaram carros para rondas
O Distrito Federal teve um fim de semana "tranquilo", diz a Secretaria de Segurança Pública, mesmo após policiais militares terem retomado um protesto por melhores condições salariais.
As manifestações começaram no fim de 2013.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, foram registrados dois assassinatos até a tarde de ontem. No fim de semana passado, foram 12 --10 no domingo.
Após ordem judicial, os PMs encerraram a "operação tartaruga", que já durava dois meses. Mas os policiais mudaram de estratégia.
De sexta para sábado, em diversos batalhões, os policiais se recusaram a sair com os carros da corporação.
Eles alegam não ter o curso obrigatório de direção defensiva para guiar carros de polícia, como a lei exige.
Na tarde de sábado, não se viam carros de polícia na Asa Sul e Asa Norte, áreas nobres e centrais de Brasília.
Nota publicada no site da Polícia Militar, no sábado, dizia que o governo tomou conhecimento da mobilização e lançou uma portaria reconhecendo os cursos de formação de soldado, praça e de oficiais como "equivalentes" ao curso para condutores de veículos de emergência.
A corporação afirmou que não vai permitir "que questões político-partidárias e interesses pessoais prejudiquem" sua missão.
À Folha, o secretário de Segurança, Sandro Avelar, afirmou que o final de semana foi "tranquilo" e que recebeu a informação que, após a divulgação da portaria, os carros voltaram a circular.
Durante janeiro, auge da "operação tartaruga", houve uma onda de crimes violentos no DF --73 homicídios e 5 latrocínios, número quase 50% superior ao registrado no mesmo mês de 2013.
Os PMs querem 66,8% de reajuste, reposição de perdas e reestruturação da carreira. A corporação tem o segundo maior salário da categoria no país, atrás apenas do Paraná.