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Temporal causa estragos no Vale do Ribeira e no litoral de São Paulo
Ilha Bela e Juquiá são atingidas; em RO, rio Madeira tem cheia histórica
Uma forte chuva no fim de semana causou estragos e alagamentos em Juquiá, no Vale do Ribeira, a 200 km de São Paulo. A cidade ficou isolada. Duas rodovias que fazem ligação com municípios da região ""a SP-079 e a SP-165"" foram interditadas devido ao desabamentos de árvores.
Entre meia-noite e seis da manhã de ontem, o nível do rio Juquiá, que corta a cidade, subiu cerca de sete metros.
Dezoito famílias tiveram de deixar suas casas. Ao menos 12 bairros foram atingidos.
Em Ilhabela, no litoral paulista, a chuva deixou vários pontos da cidade alagados.
Os bairros à beira-mar da região central ""Barra Velha, Itaguaçu e São Pedro"" foram os mais atingidos. Na cidade e em Juquiá, o Corpo de Bombeiros não registrou vítimas.
RONDÔNIA
O nível do rio Madeira atingiu 17,52 metros ontem, em Porto Velho, um recorde em cem anos de medições. Com a cheia, 580 famílias estão desabrigadas na capital e outras 272 na zona rural.
No interior, quatro cidades enfrentam problemas com o transbordamento de rios e duas, Guajará Mirim e Nova Mamoré, estão isoladas.
A enchente atingiu um nível crítico em menos de uma semana, quando o governo decretou estado de emergência e pediu socorro ao Ministério da Integração Nacional.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Rondônia, 2.790 pessoas foram afetadas diretamente pelas cheias.
A situação mais crítica é a de Porto Velho, onde o rio Madeira atingiu prédios públicos, como o Tribunal Regional Eleitoral, a Justiça Eleitoral e o complexo turístico da estrada de ferro Madeira Mamoré. Todos estão interditados.
Quatro bairros da capital rondoniense estão parcialmente debaixo d'água. A Defesa Civil removeu para abrigos públicos 272 famílias que moravam nesses locais.