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Jovem cai da ponte Rio-Niterói e sobrevive

Universitária capotou o carro sete vezes, despencou 50 m até a água, tirou o cinto, abriu a porta e saiu nadando

Vítima teve ferimentos pelo corpo e passou por cirurgia para retirar o baço; universitária não corre risco de morte

DO RIO

A universitária Marina Pinto Borges, 22, sobreviveu após sofrer um acidente no início da manhã de ontem e cair de uma altura de 50 metros da ponte Rio-Niterói. Logo após passar pelo vão central da ponte, ela perdeu o controle do seu carro, capotou sete vezes e despencou nas águas da baía de Guanabara.

Apesar do forte impacto, a universitária conseguiu tirar o cinto de segurança, abrir a porta do veículo e nadar por cerca de 15 metros em direção a uma das pilastras de sustentação da via, segundo familiares da vítima.

Na água, ela ficou cerca de dez minutos sozinha até ser socorrida por uma equipe de práticos (manobradores de navios em zonas portuárias).

"Foi um milagre", resumiu Vinícius Mouta, namorado de Marina, ao entrar no hospital no centro do Rio para encontrá-la.

Moradora de São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio, Marina dirigia para o trabalho numa empresa localizada no subúrbio carioca de Olaria.

A estudante de engenharia de produção sofreu escoriações em vários pontos do corpo e passou por uma cirurgia para a retirada do baço. No início da noite, ela permanecia na UTI do Hospital Souza Aguiar, mas não corria risco de morte.

"Quando nossa lancha chegou ao local, o carro ainda estava afundando e ela, flutuando no mar, semiacordada", disse o prático Luiz Antônio da Silva, 50.

Ao receber a informação da queda do carro, pouco depois das 6h, Silva enviou uma lancha e um rebocador até a área do acidente, distante dois quilômetros do local onde o navio estava ancorado. Os primeiros socorros à Marina foram prestados por dois integrantes de equipe de Silva, que chegaram na lancha.

No caminho para o hospital, Marina disse aos bombeiros envolvidos no resgate que, ao tentar desviar de um carro, freou bruscamente e perdeu o controle do veículo.

"O capotamento a ajudou, já uma parte da energia foi dissipada. Ainda assim, o fator sorte não pode ser desconsiderado", diz o físico Carlos Vianna, coordenador do Sabina escola Parque, em Santo André.

Pai da universitária, o aposentado Mario Borges, 78, não acredita que o acidente tenha ocorrido por imprudência da filha. "Ela sabe dirigir há anos e é muito responsável. O problema é que, na ponte, o trânsito é muito perigoso", afirmou Borges.

"As pessoas não pensam nos outros. Correm, não dão seta quando vão mudar de pista, por exemplo. Eu mesmo já sofri dois acidentes, os dois ocasionados pela direção agressiva de outros motoristas", acrescentou.

OUTRO CASO

A universitária não foi a primeira a sobreviver a uma queda da ponte Rio-Niterói. Em 2002, Alex Sandro do Nascimento, que tinha 11 anos, foi arremessado para a baía após o carro da família bater em outro. O menino saiu pelo vidro traseiro e caiu de uma altura de 40 metros. Ele foi resgatado após ser levado pela correnteza para a Ilha de Mocanguê, em Niterói.


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