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Gato tem de ser 'gatão' para vencer concurso em São Paulo
RAFAEL ANDERY DE SÃO PAULOO Foo Fighter foi uma das principais atrações da exposição realizada pelo Clube Brasileiro do Gato (CBG), no Club Holms, no fim de semana.
Não a banda americana comandada pelo ex-Nirvana Dave Grohl, mas sim seu quase homônimo, um gato da raça burmês, detentor do título "Best Over All" (melhor de todos) nos concursos realizados pelo CBG e dos felinos mais badalados do evento.
Foo Fighter pertence a Gerson Alves, um arquiteto de 52 anos que é criador de gatos e presidente do CBG durante as horas vagas.
"O Foo já ganhou campeonatos até em Roma", gaba-se o orgulhoso dono.
Neste ano, contudo, a sorte não estava ao lado de Foo, que não renovou o título, preterido pelo britânico de pelo curto Soft Tigers Laurentine.
Aos mais de 300 gatos expostos no evento, somavam-se também outros tantos milhares que estampavam bijuterias, roupas e almofadas vendidas no local, além de um único e solitário cachorro, um Golden Retriever, que ilustrava a propaganda de um produto de redução de queda de pelos em animais domésticos.
O público também pôde conferir raças raras, como o sphynx, um gato sem pelos que faria ótima companhia a um vilão da franquia 007, ou o norueguês da floresta, um felino gigante que pode chegar a até 12 quilos.
Havia também espaço para vira-latas, como Dona Francisca, uma gatinha de rua que seguiu sua dona, a estudante Vanessa Defourny, até em casa e que hoje sonha com o prêmio de melhor exemplar na categoria SRD (gatos sem raça definida).
"Nesta categoria os jurados analisam muitas coisas, como a elegância e o temperamento", explica Vanessa. "Por exemplo, o gato não pode ser gordo", ressalta, mostrando que mesmo nos concursos de beleza felinos existe um cruel padrão de beleza a ser seguido. Aqui, o gato precisa ser gato.