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Cotidiano

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Ataques no Rio foram ordenados de prisão federal, diz governo

Delegacias, batalhões e UPPs tiveram a segurança reforçada devido a suspeita de envolvimento de facção

Ação é atribuída a 4 traficantes; ontem, policiais do Bope foram alvo de tiros durante ocupação de favela

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

No dia em que iniciou a implantação da 38ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), na Vila Kennedy, zona oeste da cidade, o governo do Rio entrou em alerta.

A Secretaria de Segurança foi informada pelos setores de inteligência da Polícia Federal, do Exército e da Marinha de que chefes da facção Comando Vermelho, detidos em presídios federais e em unidades no Estado, ordenaram uma série de ataques.

O esquema de segurança foi reforçado em delegacias, batalhões e UPPs.

Suspeita-se que os criminosos detidos em presídios federais tenham usado advogados para transmitir as ordens, já que as unidades têm bloqueadores de celulares.

Principal chefe do CV, o traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, está em regime de isolamento no presídio federal de Catanduvas (PR). No mesmo local estão outros chefes da facção, como Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.

Segundo a investigação, a ordem dos criminosos não se restringe ao ataque a UPPs, como vem acontecendo nos últimos dias. Há determinação de ações contra policiais de folga e para que ônibus sejam incendiados.

A intenção seria espalhar o pânico no Rio, numa ação semelhante à praticada pela facção PCC, em São Paulo.

"Essas ações são um verdadeiro terrorismo contra o Estado, contra agentes públicos, contra policiais civis e militares que estão trabalhando para retirar pessoas que estão tiranizadas", declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Desde sexta-feira, quando começaram as ações para a implantação da UPP de Vila Kennedy, 80 pessoas foram presas e seis morreram em trocas de tiros, de acordo com balanço da secretaria.

Ontem, enquanto acompanhava a ocupação da região, às 4h, o secretário determinou outras 22 operações em diferentes pontos do Rio contra o Comando Vermelho.

A secretaria afirma que quatro traficantes do CV, soltos, seriam os articuladores dos ataques nas ruas: Cláudio José Fontarigo, 43, o Claudinho da Mineira; Ricardo Lima, 42, o Fu; Luís Cláudio Machado, 39, o Marreta; Bruno Eduardo Procópio, 33, Piná.

Claudinho e Fu chegaram a ser levados para presídios federais, mas foram beneficiados pela Justiça com o regime semiaberto e fugiram.

A polícia suspeita que a manifestação de moradores do Alemão na terça-feira e o ataque a policiais militares, no dia seguinte, estão nesse "pacote" de ataques.

Anteontem, o governo chegou a afirmar que esses incidentes eram "fatos isolados".

OCUPAÇÃO

Durante a ocupação da Vila Kennedy, policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram recebidos a tiros por traficantes da favela vizinha, a Vila Aliança. Ninguém ficou ferido.

Ao menos 300 policiais participaram da operação.


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