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Cotidiano

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Ilustrada - em cima da hora/SPFW

'A moda está fora de moda', diz o diretor da marca carioca Osklen

Oskar Metsavaht troca desfile por apresentação de coleção em cabides, no showroom

O estilista Pedro Lourenço mostra na passarela acessórios no estilo art déco criados em impressora 3D

PEDRO DINIZ COLUNISTA DA FOLHA

O diretor da carioca Osklen, Oskar Metsavaht, optou por não desfilar sua coleção ontem na São Paulo Fashion Week. Apresentou as roupas em cabides e araras, em uma sala do showroom da marca, na região dos Jardins.

"A moda estava na moda cinco anos atrás e já não está, como todos aqui sabemos", disse Metsavaht. "Ela está perdendo espaço para outras formas de expressão, como a arte e a arquitetura."

Parte da coleção não foi mostrada porque, segundo o diretor criativo da Osklen, algumas caixas com peças foram roubadas. "Havia apenas três araras com a coleção de passarela e comercial, que será vendida nas lojas", disse.

Metsavaht provou que roupas não precisam ser criadas a partir de temas mirabolantes. A coleção verão 2015 da Osklen, por exemplo, surgiu a partir de fotos e vídeos criados por ele mesmo em uma viagem feita a Inhotim, em Minas Gerais.

A natureza, tema caro à história da grife, surgiu em estampas de plantas encontradas na paisagem do lugar, palmeiras em especial.

Nos acessórios, a marca misturou em bolsas e sapatos a imagem moderna do metal com escamas feitas à mão.

Seguindo o movimento "artsy" que toma conta da moda, o estilista irá expor as fotos e os vídeos produzidos na viagem em uma mostra que deve ocorrer em agosto.

Metsavaht quer testar seus talentos artísticos como ferramenta de marketing, coisa, aliás, que faz com maestria.

JOIAS IMPRESSAS

Já a novidade apresentada pelo estilista Pedro Lourenço foram os acessórios art déco que saíram de uma impressora 3D, com tecnologia desenvolvida para ele.

Nas roupas, o trabalho artesanal de costurar paetês nos casacos fundiu-se ao processo digital de estampar padrões de tartaruga.

A coleção "capsule" (complementar à linha principal) que Lourenço desfilou em Paris, em março, foi feita ao gosto da freguesa brasileira.

Vestidos de festa com fendas e colo à mostra, nos quais predominam o uso da seda, do lamê e do vinil, contrastam com trench coats do tipo "mulher fatal".

O art déco foi também o mote de Helô Rocha, da grife Têca. A estilista brinca com comprimentos em minissaias, capas transparentes e "hot pants", com grafismos que remetem ao movimento artístico dos anos 1930.

Lolita Zurita Hannud estreou nesta edição do evento mínis e longos que remetem ao universo da indumentária mexicana e ibérica.

Já a marca de jeanswear Forum fechou o dia com a "barriga negativa" Candice Swanepoel. A modelo sul-africana e angel da Victoria's Secret fez duas entradas na passarela, mas escondeu a parte do corpo que a tornou famosa no Brasil.

A estilista Marta Ciribelli usou referências à fauna e à flora em texturas e estampas. Zíper e franja entraram nas barras de saias e vestidos.


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