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José Paulo Fernandes da Silva (1951 - 2014)

Paulão, mestre de bateria da Brasil em Santos

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Com sua baqueta e apito em mãos, mestre Paulão era só tensão. Ao seu sinal, esperava que todos os surdos, caixas e tamborins à sua frente começassem a tocar com precisão e coordenação militar.

Se algo escapasse de seu controle, fazia careta, chamava atenção dos ritmistas, reclamava. Nutria assim, entre os sambistas da Baixada Santista, a fama de ser ranzinza.

Segundo a família, tal fama era injusta, já que Paulão não se cansava de brincar com os netos e conversar longamente com todos seus vizinhos quando deixava o posto de mestre de bateria da Brasil, uma das mais tradicionais escolas de samba de Santos.

Paulão entrou para a Brasil aos 12 anos. Em dois carnavais já tocava repinique, instrumento-chave em qualquer bateria. Aos 18 anos, engraçou-se com a rainha de bateria, Sandra Franco, que era também a filha da presidente da escola.

Anos depois, Paulão chegou à chefia da bateria, posto em que permaneceu por mais de 35 carnavais.

Passou a viajar para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde absorveu técnicas de outras escolas de samba. A Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio de Janeiro, era a que mais lhe causava amores.

Paulão ficou então conhecido pela técnica com que afinava seus instrumentos. Grande parte deste segredo foi revelado apenas aos filhos no Carnaval deste ano.

Morreu de infarto, no último dia 6, aos 62 anos.

Deixa a esposa Sandra, a atual presidência da Brasil, três filhos e seis netos.

A missa do sétimo dia será feita hoje às 18h30, na Igreja da Aparecida, em Santos.


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