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Defesa agora diz que morte de Bernardo foi acidental
Segunda versão é de assistente social presa
Em nova versão, o advogado da assistente social Edelvânia Wirganovicz diz que a morte de Bernardo Boldrini, 11, no interior do Rio Grande do Sul, não foi planejada e ocorreu devido a uma superdosagem de medicamentos.
O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugolini, e Edelvânia estão presos sob suspeita de participação no crime.
Demetryus Grapiglia, advogado da assistente-social, afirma ter ouvido o novo relato em visita a ela na sexta.
Segundo ele, o remédio foi dado a Bernardo por Graciele, para fazê-lo dormir. A madrasta, o menino e Edelvânia saíram depois rumo a Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos, onde morava o garoto e a família.
"A madrasta queria que o menino dormisse a qualquer custo. Achou que [o remédio] não fez efeito. Então aumentou e nisso deu uma dose cavalar", afirma Grapiglia, para quem sua cliente foi pressionada pela amiga a ajudar a enterrar o corpo.
Segundo a polícia, Graciele levou Bernardo a Frederico Westphalen, onde ele foi morto e enterrado com auxílio de Edelvânia.
Na semana passada, o jornal "Zero Hora" publicou depoimento de Edelvânia do dia 14. Nele, ela diz ter recebido R$ 6.000 para participar do crime. Segundo Grapiglia, o relato deve ser anulado, pois ocorreu quando ela estava em "estado de choque" sem a presença de um advogado.
O pai do garoto nega envolvimento no crime. A Folha não conseguiu localizar a defesa de Graciele ontem. Segundo relato anterior, ela ainda não falou sobre o crime.