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Nilto Fernando Maciel (1945 - 2014)

Cearense que dedicou a vida à literatura

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Talvez Nilto não fosse gostar deste texto, ou desta coluna, ou até mesmo do jornal. Afinal, levava praticamente como seu lema a frase de Kafka que diz que tudo o que não é literatura o aborrece.

Nilto Maciel viveu para a literatura. Quando jovem, devorava José de Alencar, Machado de Assis e Edgar Allan Poe. Logo passou a rabiscar os seus próprios versos.

Os textos eram produzidos nos intervalos de sua vida como analista judiciário em diferentes órgãos governamentais em Brasília, o último deles o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Quando se aposentou, retornou ao Estado natal, o Ceará, e dedicou-se quase que exclusivamente à literatura.

Nessa época, já tinha lançado dezenas de livros com poemas, contos, cartas, crônicas e análises literárias.

Mesmo que as temáticas encontradas por Nilto para dar vazão à sua arte fossem muitas, seus leitores se lembrarão com mais frequência de sua escrita fantástica.

Nilto também editou por anos revistas de literatura, em que se dedicava a divulgar novos autores e novos livros nacionais.

Trabalhador, nos últimos anos quase nunca separava-se de seu computador, em sua casa no bairro do Monte Castelo, em Fortaleza.

Ultimamente, seu maior contato com o mundo exterior era feito por e-mails, pelo seu blog e pelos novos livros recebidos de amigos.

Vítima de um infarto, aos 69, no último dia 26, foi encontrado em casa já sem vida depois de três dias.

Deixa a viúva, quatro filhas, três netos e três livros a serem publicados.


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