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Peter Manhardt (1940-2014)

Iluminou o Cristo Redentor

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Para quem olhar para o alto do Corcovado à noite e vir o Cristo Redentor, saiba que está vendo um dos projetos de Peter Manhardt, ou Peter Gasper, como era conhecido.

Não que o alemão radicado no Brasil tenha construído um dos mais famosos pontos turísticos do Brasil, mas o fez ser visto todas as noites no Rio de Janeiro.

Peter foi um dos iluminadores mais conceituados do país. Nascido na Alemanha em plena 2ª Guerra, desde cedo fugiu das zonas de conflito. Chegou aqui aos 11 anos, com as irmãs e a mãe.

Quando a irmã mais velha virou uma atriz famosa, sob a alcunha de Elizabeth Gasper, também adotou para si o sobrenome já conhecido.

Durante o curso de arquitetura no Rio de Janeiro, começou a fazer cenários para a TV Tupi, que ficava perto de sua faculdade. Por essa época, especializou-se em iluminação. Trabalhou ainda por anos para a TV Globo.

Sua experiência com iluminação cênica o fez ter uma visão inovadora sobre o uso da luz na arquitetura. Dizia que, mais importante do que iluminar, era saber o que não devia ser iluminado.

Além do Cristo Redentor, fez projetos para diversas obras do amigo Oscar Niemeyer. Entre elas estão o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói (RJ), a Sapucaí, no Rio, a Catedral de Brasília e a Praça dos Três Poderes, também na capital federal.

Em seu currículo também estão o show de Frank Sinatra no Maracanã, em 1980, e a missa de João Paulo 2º no aterro do Flamengo, em 1997.

Morreu de infarto na sexta-feira, aos 73 anos. Deixa um filho e a companheira.

coluna.obituario@uol.com.br


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