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Antônio Cruz Leão (1924 - 2014)

Um vaqueiro empreendedor

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Quando morreu, Antônio era conhecido na pequena cidade de Paramirim, na Bahia, como "Tõe da Máquina".

Tõe era o diminutivo local para seu nome. Já a tal máquina era referência a uma passagem que mudou sua vida no interior baiano.

Antônio era um vaqueiro com ideias de empreendedor que na juventude já havia aberto uma loja na qual vendia de um tudo: mantimentos, pentes etc.

Com pouco dinheiro, foi ao interior de São Paulo, no início da década de 1950, decidido a ganhar a vida nas lavouras de café.

Mas, ao chegar a Limeira, no interior paulista, pôs os olhos em uma máquina de beneficiamento de arroz.

De um lado dela, entrava o grão recém-colhido; de outro, saía o alimento pronto para ser comercializado.

Antônio então juntou todo o dinheiro levado para São Paulo e comprou a tal máquina. Contratou ainda um caminhão para que levasse a nova aquisição à sua terra natal. A viagem durou semanas pelo sertão.

O vaqueiro queria com o empreendimento beneficiar a produção de arroz de sua cidade. Com os anos, acabou impulsionando o cultivo do alimento em várias cidades vizinhas.

Décadas depois, quando a produção de arroz do Maranhão chegou à Bahia, Antônio já havia conquistado a estabilidade financeira que sempre buscou e já tinha diversificado seus investimentos, apostando na pecuária.

Morreu no dia 1º de maio, aos 89 anos, de insuficiência respiratória. Deixa a viúva, sete filhos, 16 netos, além de bisnetos.


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