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Rebelião dura 25 horas e acaba sem feridos
Insatisfação com regras em presídio causou motim; 16 detentos foram transferidos
Depois de 25 horas de negociação, terminou no início da tarde deste domingo (18) a rebelião no complexo penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho, em Sergipe. Um agente teve ferimentos leves e não houve registro de fugas.
Os detentos estavam insatisfeitos com as regras do presídio de segurança máxima e reivindicavam a transferência para outras unidades prisionais. Dezesseis deles foram transferidos, mas o destino não foi revelado pela Sejuc (Secretaria de Justiça).
O motim começou na manhã de sábado (17) em uma das quatro alas da penitenciária. Segundo a Sejuc, 26 presos da ala D quebraram uma parede e conseguiram chegar à área de visitação, onde 80 detentos da ala A se encontravam com familiares.
Quatro agentes da Reviver, empresa privada que divide a administração do presídio com o Estado, foram feitos reféns, e 132 familiares que estavam no local ficaram retidos.
GOLPE NA CABEÇA
A negociação foi conduzida por um capitão da Polícia Militar, com a presença de um juiz e de representantes da Comissão de Direitos Humanos do Estado. O secretário de Justiça de Sergipe, Walter Lima, esteve no local no sábado.
O Gope (Grupo de Operações Especiais) entrou no presídio logo após o início da rebelião e trancou os outros três pavilhões para evitar que o motim se espalhasse.
Um dos agentes foi golpeado na perna por uma arma branca artesanal, sem gravidade. O presídio tem capacidade para 480 presos e tinha 476 ocupantes quando a rebelião começou.