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Professores municipais decidem nesta sexta se continuam greve
Movimento chega ao 30º dia; docentes pedem a incorporação de bônus de 15,38% ao salário
Prefeitura diz que não tem recursos para atender a reivindicação neste ano, mas que pode negociar em 2015
Os professores da rede municipal de São Paulo farão nesta sexta-feira (23) nova assembleia para decidir se a categoria seguirá na greve, que já chega ao 30º dia.
A assembleia está marcada para as 14h no Viaduto do Chá, no centro da cidade.
A principal reivindicação dos docentes é a incorporação ao salário-base do bônus de 15,38% que a gestão Fernando Haddad (PT) concedeu a quem ganha o piso.
Com o benefício, o salário inicial chegou a R$ 3.000 para uma jornada de 40 horas.
Ao dar o adicional por meio de bônus, a prefeitura excluiu do benefício aposentados e demais profissionais que já ganhavam acima do mínimo.
Cerca de 25 mil dos 80 mil servidores ativos recebem o piso, diz a prefeitura.
O governo afirma que restringiu o aumento porque já havia concedido neste ano uma incorporação de 13,43% a todos os 110 mil profissionais ativos e aposentados da educação, exigência imposta por lei aprovada pela Câmara na gestão Kassab (PSD).
A prefeitura afirma não ter recursos para fazer a incorporação do bônus de 15,38% neste ano, mas promete reavaliar a situação em 2015.
Ainda segundo a prefeitura, o bônus foi concedido aos professores que ganham o piso porque seus rendimentos não aumentaram com a incorporação aprovada pela Câmara em 2011.
A medida abrangeu um valor que já era pago por meio de um bônus a quem ganhava o piso até então.
Assim, os demais profissionais passaram a receber o equivalente a esse bônus.
Os que já recebiam o piso, porém, não tiveram nenhum ganho. Eles se beneficiariam só quando mudassem de patamar ou se aposentassem.
O Sinpeem, principal sindicato dos professores municipais, deverá defender, na assembleia desta sexta-feira, a manutenção da greve.