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4 em cada 10 bolsas do Prouni 'encalham' na capital paulista

Percentual de vagas não preenchidas em programa para universitários de baixa renda é maior que a média do país

Lançada há dez anos, ação do governo federal dá desconto na mensalidade de faculdades privadas

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

Apesar da disputa acirrada no Prouni, programa federal que oferece bolsas em universidades privadas, quase 44% vagas em São Paulo não foram ocupadas.

A oferta na capital chegou a 26.811 bolsas, das quais 11.606 permaneceram disponíveis. O percentual está acima da média nacional, na qual 3 de cada 10 bolsas ficaram "encalhadas".

Lançado há dez anos pelo então presidente Lula, o programa concede a alunos da rede pública benefício total ou parcial (50% da mensalidade) em instituições privadas de ensino superior.

Até o ano passado, cerca de 1,2 milhão de pessoas foram contempladas.

Na última edição, 1,25 milhão de estudantes concorreram a uma das 191,6 mil bolsas --aproximadamente sete candidatos por vaga.

O balanço do programa neste ano no país foi obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.

Entre as capitais, São Paulo lidera a lista de vagas ociosas, seguida por Curitiba (42,95%) e Recife (31,47%). Nos Estados, o percentual chega a quase 50% em Santa Catarina, seguido de São Paulo (36%) e Paraná (34,9%).

O estudante precisa cumprir alguns pré-requisitos previstos em lei, como ter cursado todo o ensino médio em rede pública (ou ser bolsista integral de escola privada) e ser de família de baixa renda.

"Se o candidato fez um mês de aulas em escola particular, pagando, está fora", explica Sólon Caldas, diretor-executivo da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior).

Para ele, as próprias regras sobre o histórico escolar e renda do aluno geram a impossibilidade do ingresso de alguns candidatos, barrados pelas instituições ao não comprovarem os critérios.

Isso porque, após inscrição no site, cabe às instituições receber a documentação do estudante e confirmar se ele pode receber o benefício.

Outro cenário possível é o do candidato que se enquadra nos critérios exigidos, mas se inscreveu em curso que não teve turma formada.


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