Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Saiba mais

Desde 1979, ao menos 25 países vetaram prática

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Poucos assuntos de família têm provocado tanta controvérsia quanto dar ou não palmadas em crianças como forma de puni-las.

A Suécia foi o país pioneiro, vetando a prática em 1979. De lá para cá, ao menos outros 24 países, como Alemanha, Espanha, Áustria, Portugal e Uruguai, proibiram as palmadas.

Em 2009, na Nova Zelândia, até um referendo foi feito para decidir se o país deveria ou não tornar a palmada crime. Metade da população participou, e 87,6% votaram contra a lei. Não adiantou.

Além do tapa nas nádegas, foram proibidas outras formas, como beliscões e puxões de orelha.

Pais agressores têm que pagar multas e frequentar programas de reabilitação. Alguns chegaram a ser presos. A punição máxima é de seis meses de cadeia.

Nos debates que já aconteceram no país sobre o tema, houve psicólogos que defenderam a chinelada.

Diziam que seria menos traumática do que a palmada porque criança não relacionaria a mão que a afaga com a que a agride. Mas a maioria dos profissionais tende a condenar qualquer forma de agressão.

Nos últimos anos, pesquisas têm demonstrado que as palmadas, além de não surtir efeitos disciplinares, contribui para o distanciamento familiar, o medo, a insegurança e a baixa autoestima das crianças.

Há estudos ainda mais controversos, como o "Relatório Hite sobre a Família: Crescendo sob o Domínio do Patriarcado", da sexóloga americana Shere Hite.

Segundo o trabalho, palmadas nas nádegas, chicotadas e surras são as origens de grande parte do sadomasoquismo na idade adulta.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página