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USP e Unicamp estão entre as dez melhores dos Brics

Universidades de Campinas e São Paulo ganharam uma posição cada uma no QS, ranking mundial britânico

Internacionalização das brasileiras é fator que as diferencia das instituições dos demais países, diz editor

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

Se, em comparação com universidades da América Latina, a USP derrapa em avaliações internacionais, ela pode respirar um pouco mais aliviada em uma análise específica de instituições dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A universidade está entre as dez melhores de 200 instituições dos cinco países.

E ainda: a USP subiu do 8º lugar no ranking dos Brics em 2013 para 7º lugar da listagem deste ano, elaborada pela consultoria britânica QS.

Entre as dez do topo há outra brasileira, a Unicamp, que passou de 10º lugar em 2013 para 9º neste ano.

A listagem é liderada pela Universidade Tsinghua, da China --que está entre as 50 melhores do mundo no ranking internacional da QS.

Em maio, a USP chamou atenção ao perder o posto de melhor da América Latina em outro ranking da mesma QS para a PUC do Chile.

No ano passado, a USP já havia perdido pelo menos 68 posições no ranking universitário internacional THE (Times Higher Education), que é concorrente do grupo QS.

A universidade passou do 158º lugar em 2012 para o grupo de 226º a 250º lugar.

INTERNACIONALIZAÇÃO

A USP vai melhor quando comparada apenas a universidades dos Brics porque tem mais docentes e mais alunos estrangeiros do que as melhores escolas de países como Rússia e Índia.

A presença de estrangeiros conta ponto em rankings. Na avaliação dos Brics vale 5% da nota da instituição.

"As universidades brasileiras têm atraído corpo docente internacional porque aumentaram seus orçamentos em pesquisa", diz Danny Byrne, editor sênior do ranking.

"O governo brasileiro está enviando mais estudantes ao exterior pelo programa Ciência Sem Fronteiras. Isso poderá aumentar a visibilidade do Brasil como um lugar atraente para estudar", afirma.

Isso não significa alívio, porém. A subida da USP e da Unicamp no ranking dos Brics, para o físico da Unicamp Leandro Tessler, especialista em ensino superior, não significa que as duas escolas estejam melhores e nem que outras estejam piores.

"Essa mudança pode estar dentro na margem de erro do ranking", explica Tessler.

Além disso, a China está melhorando agressivamente seus indicadores, lembra Byrne, do QS. Hoje seis das dez melhores universidades dos Brics são chinesas.

O reitor da USP, Marco Antonio Zago, não quis comentar o ranking dos Brics --e também não falou sobre as avaliações anteriores.

O reitor tem mantido silêncio desde março, quando a universidade teve as suas contas reprovadas no TCE (Tribunal de Contas do Estado) por irregularidades. Hoje, a USP gasta mais de 100% do orçamento com salários.

Nesta semana, no entanto, Zago mandou um e-mail aos cerca de 92 mil alunos da universidade, em que afirma ter aberto uma sindicância para "apurar as responsabilidades sobre a situação orçamentária da USP".

A USP está em greve desde 27 de maio --mesmo dia em que perdeu o posto de melhor da América Latina.


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