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Adolpho Cusnir (1923-2014)

Um agrônomo que não tolerava dúvidas

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Adolpho Cusnir não gostava de conviver com dúvidas. Quando elas apareciam, corria a pegar o dicionário. Depois que aprendeu a usar o computador, aos 80 anos, sua curiosidade encontrou alento também na internet.

Se o assunto era um pouco mais complexo, buscava ajuda nos livros ou a assessoria de um profissional da área. Só não podia dormir com perguntas latejando na cabeça.

Engenheiro-agrônomo de "gabinete", como dizia, porque trabalhava em um escritório do Ministério da Agricultura, usava as horas de descanso para realmente colocar a mão na terra.

Cultivou de endívia e alcachofra a cana-de-açúcar e eucalipto na fazenda em Franca e no sítio do genro, em Araçariguama, municípios do interior paulista.

Em 1959, criou a "Fir: Revista Brasileira de Fertilizantes, Inseticidas e Rações". Com a ajuda da mulher, Frida, editou textos de colaboradores e escreveu editoriais até a última edição, 12 anos depois.

Para a família, que sempre vinha em primeiro lugar, ele era um patriarca. E, pela mulher, Adolpho era capaz de perder a compostura. Não admitia que ninguém ofendesse ou contrariasse sua companheira por 65 anos.

Muito ativo, encarou novas atividades também na aposentadoria. Além de aprender a usar o computador dado pelos filhos, matriculou-se em aulas de dança sênior e de culinária --gostava de molhos e o primeiro que fez sozinho foi o de chuchu.

Morreu na quarta-feira (25), aos 91 anos, de infarto. Além da viúva, deixa três filhos, sete netos e quatro bisnetos.


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