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76% dos paulistanos são contra pedágio urbano, diz pesquisa

Entre os que usam carro, rejeição chega a 80%, segundo Datafolha; rodízio duas vezes por semana divide opiniões

Outras cidades adotam restrição para melhorar qualidade do ar; em Paris, medida se combina a transporte público grátis

DE SÃO PAULO

A nova pesquisa Datafolha perguntou à população sobre outros possíveis cenários de restrições a veículos em São Paulo, além do modelo atual e do rodízio ampliado.

A pesquisa aponta que 76% dos paulistanos são contra a cobrança de pedágio para circular no centro expandido. Entre os usuários de carro, o índice sobe a 80%.

Para 57%, a cobrança não conseguiria melhorar o trânsito. Outros 22% afirmam que a situação talvez melhorasse, e 17% afirmaram que com certeza melhoraria.

Parte dos especialistas defende o pedágio urbano como a melhor alternativa ao rodízio. A medida é adotada em algumas cidades pelo mundo, como Londres.

O rodízio em dois dias da semana --em vez de um, como atualmente-- rende outro empate técnico: é aprovado por 45% da população e reprovado por 48%. Nesse modelo, cada dia teria quatro finais de placa proibidos.

A divisão de opiniões é semelhante, inclusive, entre os que andam de ônibus --49% são a favor e 44%, contra. Entre os usuários de carro, porém, só 32% são favoráveis ante 65% contrários ao rodízio duas vezes por semana.

OUTROS PAÍSES

O fator ambiental, e não a fluidez do trânsito, motivou a adoção da maioria dos rodízios no mundo. Em Paris, por exemplo, isso só ocorre emergencialmente.

Em 17 e 18 de março, a capital francesa adotou o rodízio após partículas de poluição deixarem o ar tão carregado que até a visão da Torre Eiffel ficou prejudicada.

Foi a primeira vez que a restrição a carros e motos foi imposta depois de uma única experiência, em 1997.

Nesses dias, limitou-se a circulação de veículos conforme a placa (par ou ímpar) e isentou-se a cobrança no transporte público --o que custou € 4,2 milhões (R$ 12,6 milhões) à prefeitura.

A multa por desobedecer o rodízio foi de € 22 (R$ 66), sem perda de pontos na carteira.

Ao deixar o carro em casa, o parisiense tem uma rede de transporte público invejável.

Com 205 km de linhas de metrô, nenhum ponto da cidade está a mais de 500 metros de uma das 303 estações.

A isso se somam 4.490 ônibus e 76 km de linhas de trens metropolitanos que servem as 22 cidades que também adotaram o rodízio.

Segundo estudo da AirParif, uma agência que mede a qualidade do ar, a restrição aos veículos diminuiu em 6% a quantidade de partículas de poluição na capital francesa.

Na América Latina, o rodízio também tem caráter ambiental em cidades como Santiago do Chile e Cidade do México, pioneiras na adoção da medida, em 1986 e 1989, respectivamente.

No entanto, as regras iniciais foram alteradas, e hoje há veículos que não podem rodar duas vezes por semana-- das 7h30 às 21h no Chile e das 5h às 22h no México.

Em Bogotá, na Colômbia, a medida conhecida como "pico e placa" começou em 1998, no período entre 7h e 9h e entre 17h30 e 19h30.

Mas o rodízio foi ampliado, chegando a vigorar o dia todo. Hoje, restringem-se cinco placas diariamente --pares em dias pares e ímpares em dias ímpares-- das 6h às 8h30 e das 15h às 19h30.


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