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Prefeitura de SP confirma nova área para sem-teto

Anúncio aconteceu depois de manifestação do MTST no centro da cidade

Terreno na zona sul será desapropriado para moradia popular e outros locais podem ter o mesmo destino

DE SÃO PAULO

Após bloquear a av. Paulista e marchar pelo centro de São Paulo, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) obteve nesta quarta (23) o compromisso da gestão Fernando Haddad (PT) de que um terreno privado na zona sul será desapropriado para a construção de moradias.

Pelo acordo, outros terrenos também serão avaliados e poderão virar habitação popular.

O ato começou às 14h no vão do Masp, seguiu até o prédio da Secretaria Municipal de Habitação, no centro, e só acabou por volta das 19h, depois que militantes foram recebidos pela pasta.

Segundo o movimento, o protesto serviu para cobrar respostas sobre os processos de algumas invasões. O MTST diz que cerca de 7.000 pessoas participaram. A PM estimou o número em 2.500. Após a reunião, a prefeitura anunciou que um terreno privado na estrada do Campo Limpo será desapropriado para moradias populares.

Guilherme Boulos, coordenador do MTST, diz que há espaço para a construção de 800 unidades no local. Elas devem ser destinadas a pessoas acampadas nas ocupações Dona Déda e Capadócia.

A prefeitura, no entanto, informou que não dará prioridade a invasões e que "a demanda existente do cadastro do município será respeitada rigorosamente".

A reunião também tratou do Portal do Povo, no Morumbi (zona oeste), cujo proprietário da área pediu a reintegração de posse. Segundo a prefeitura, o movimento apresentou seis terrenos próximos que serão avaliados "para saber se existe a viabilidade de construir habitação social".

Boulos diz que isso será feito na próxima semana e que a ideia é que "terrenos particulares sejam desapropriados e, no caso das áreas públicas, destinadas ao programa Minha Casa Minha Vida Entidades". Essa modalidade prevê que determinada associação gerencie a construção de conjuntos habitacionais.

Boulos disse também que metade das unidades que serão erguidas no Campo Limpo também poderão abrigar parte das famílias que estão acampadas no Morumbi.

O MTST afirma que 4.000 famílias fazem parte do Portal do Povo, mas, no último sábado (19), a Folha revelou que os sem-teto inflaram a invasão com barracas vazias.

Por dois dias seguidos a reportagem esteve no local, em horários diversos, e verificou que a maioria das barracas só serve para demarcar território --e tentar vaga futura no cadastro da casa própria. O movimento afirmou que as 4.000 famílias "ocupam" a área, mas que fazem um revezamento.


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